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CNC: número de famílias endividadas volta a subir após 4 meses de queda

A proporção de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, subiu de 12,6% em outubro para 12,9% em novembro. Essa parcela era de 12,5% em novembro de 2023.

Apesar da alta na inadimplência, o porcentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias recuou em relação ao mês anterior, para 49,6% do total, após cinco meses de aumentos no indicador. Ao mesmo tempo, a fatia de pessoas com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas encolheu a 20,3%. Como resultado, o porcentual médio de comprometimento da renda com dívidas foi de 29,8% em novembro, ligeiramente menor em relação ao mês anterior. Os dados mostram que, mesmo com os gastos maiores de fim de ano, as dívidas abocanham uma fatia cada vez menor da renda das famílias, apontou a CNC.

"Uma das facilidades para garantir essa melhora do perfil de endividamento foram os prazos cada vez mais longos para arcar com suas contas. Tanto que o percentual de famílias comprometidas com dívidas por mais de um ano avançou para 35,9%, o maior nível desde dezembro de 2021", diz o estudo.

"O nível de juros mais alto é um fator preocupante que continua levando a um aumento da inadimplência, sendo mais alarmante em um período quando os gastos são quase inevitáveis, como o fim de ano. Contudo, a pesquisa este mês mostra que as famílias estão conseguindo equilibrar suas dívidas. Apesar de recorrerem mais ao crédito, os prazos mais longos ajudam a amenizar o impacto, fazendo com que as contas sejam pagas mais rápido e representem um menor percentual da renda mensal, levando, assim, a uma percepção de já não estarem mais tão endividadas."

Mais pobres ficam mais endividados

Na passagem de outubro para novembro, as famílias de renda mais baixa ficaram mais endividadas. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados aumentou de 80,8% em outubro para 81,1% em novembro. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados subiu de 77,5% para 77,7%. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve elevação de 72,7% para 72,8%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia desceu de 67,1% para 66,7%.

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