O pai de Chavez-DeRemer, por sinal, já foi militante do Teamsters. Uma das maiores do país, a organização representa cerca de 1,4 milhão de trabalhadores de categorias diversas como caminhoneiros, profissionais da saúde e empregados do comércio.
Analistas nos Estados Unidos enxergam a nomeação como um aceno ao movimento sindical, ambiente em que o republicano cresceu em relação a eleições anteriores, apesar de as principais lideranças terem declarado apoio à sua adversária, Kamala Harris.
Segundo pesquisa da CNN, 45% dos eleitores de famílias com membros filiados a sindicatos votaram em Trump. Em 2020, quando foi derrotado por Biden, o índice alcançado pelo republicano chegou a 40%. Como já debatido nesta coluna, a promessa de recuperação de bons empregos pode explicar a adesão de parte da classe trabalhadora sindicalizada a Trump.
Enquanto Chavez-DeRemer não assume o posto, o secretário interino, Vince Micone, anuncia as primeiras medidas da pasta: a extinção dos chamados "programas DEIA", criados na gestão Biden para estimular diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade no mercado de trabalho.
A canetada de Micone contra ações afirmativas chamou a atenção da imprensa: gay assumido, ele já fez parte de importantes movimentos LGBTQIA+ e é um ferrenho defensor dos programas de enfrentamento ao HIV. Sinal de que a futura titular do cargo também poderá rever sua trajetória "pró-trabalhador", como se diz na imprensa norte-americana.
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