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Com impacto das tarifas dos EUA, indústria moveleira gaúcha busca novos mercados

A Argentina e o Uruguai surgem como mercados alternativos para o setor moveleiro gaúcho buscar novos parceiros no mercado internacional em razão da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo a Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs). O presidente Euclides Longhi disse que a estratégia do setor é a busca também por novos mercados como China, Chile, Paraguai, Peru e México. "A adaptação do portfólio de produtos para esses países é um processo lento, e há uma grande torcida para que o Brasil e os Estados Unidos cheguem rapidamente a um acordo que reduza as tarifas de importação", destaca.

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A Argentina e o Uruguai surgem como mercados alternativos para o setor moveleiro gaúcho buscar novos parceiros no mercado internacional em razão da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo a Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs). O presidente Euclides Longhi disse que a estratégia do setor é a busca também por novos mercados como China, Chile, Paraguai, Peru e México. "A adaptação do portfólio de produtos para esses países é um processo lento, e há uma grande torcida para que o Brasil e os Estados Unidos cheguem rapidamente a um acordo que reduza as tarifas de importação", destaca.

Segundo o presidente da Movergs, embora as exportações totais do Rio Grande do Sul tenham tido uma queda mínima, as vendas para os Estados Unidos caíram drasticamente (23,3% até setembro e 47% no último trimestre). "Foram afetadas principalmente as empresas que produzem móveis de madeira e molduras, que são altamente dependentes do mercado norte-americano".

O dirigente da Movergs diz que a Argentina tem sido um mercado extremamente importante para o setor moveleiro compensar a perda do mercado norte-americano, apesar das preocupações com a política interna argentina do presidente Javier Milei. "A Argentina voltou a comprar do Brasil e isso compensou a queda para os Estados Unidos", destaca. Os argentinos, segundo levantamento da Associação das Indústrias de Móveis, têm preferência pela compra de roupeiros, estantes, racks e móveis para cozinha, quarto e sala.

Conforme Longhi, além da América Latina, o setor moveleiro gaúcho busca o mercado da África. "Temos países fortes no continente africano e eles são grandes parceiros comerciais", comenta. O presidente da Movergs destaca ainda que a indústria moveleira participará em março de 2026 de uma feira na China. "Estamos em busca de novos mercados enquanto a questão com os Estados Unidos não se resolve", comenta. O dirigente disse que acredita em um acordo entre os presidentes Lula e Donald Trump. "A esperança é que tenhamos um acordo urgente para reduzir as tarifas e evitar o fechamento de empresas, especialmente as que dependem do mercado norte-americano", afirma.

O setor moveleiro no Rio Grande do Sul conta com 2.400 empresas que são responsáveis por mais de 36 mil empregos. O faturamento nominal em 2024 foi de R$ 13,6 bilhões (o que representa 15,2% do faturamento brasileiro, sendo o segundo maior fabricante do País).

Euclides Longhi, presidente da Movergs, diz que além da América Latina, o setor moveleiro gaúcho busca o mercado africano  | Movergs/Divulgação/JC

Euclides Longhi, presidente da Movergs, diz que além da América Latina, o setor moveleiro gaúcho busca o mercado africano Movergs/Divulgação/JC

Exportações da Indústria Moveleira Gaúcha (Total)

Janeiro a setembro 2025
US$ 185.624.475

Janeiro a setembro 2024
US$ 185.520.071

- Queda de 1%

Julho a setembro 2025
US$ 68.052.185

Julho a setembro 2024
US$ 67.742.555

- Crescimento de 0,5%

Estados Unidos

Janeiro a setembro 2025
US$ 25.573.499

Janeiro a setembro 2024
US$ 33.329.837

- Queda de 23,3%

Julho a setembro 2025
US$ 6.549.995

Julho a setembro 2024
US$ 12.324.006

- Queda de quase 47%

Fonte: Movergs

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