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Com Laura Neiva e Chay Suede, Samsung aposta na democratização da inovação

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Imagem: Divulgação

A Samsung resolveu apostar no casal de atores Laura Neiva e Chay Suede para mostrar seu conceito de casa conectada com inteligência artificial.

Com uma série de conteúdos gravados 'sem roteiro', a marca pretende mostrar como seu portfólio de produtos conectados se integra naturalmente à rotina do casal.

Desde o ar-condicionado e lava roupas que ligam sozinhos à geladeira que pode ser vista pelo celular, a fabricante afirma que os 'os produtos estão preparados para entender contextos e agir de forma proativa'.

'A ação é a primeira iniciativa desse novo momento, em que o conceito Casa Samsung ganha vida com exemplos reais e cotidianos. A ideia é mostrar como a tecnologia tem se tornado mais intuitiva, eficiente e centrada no usuário', diz Thiago César, diretor de marketing da divisão de Consumer Electronics da Samsung Brasil.

Para entender mais sobre a estratégia de comunicação da marca - e a escolha do casal como estrelas, o UOL Mídia e Marketing conversou com o executivo. Confira:

A Samsung é reconhecida no mercado de celulares e TVs, mas vocês têm expandido a presença para outras categorias de bens de consumo. Como funciona essa transferência de reputação de um segmento para outro?

 Thiago César, diretor de marketing da divisão de Consumer Electronics da Samsung Brasil
Thiago César, diretor de marketing da divisão de Consumer Electronics da Samsung Brasil Imagem: Divulgação

É curioso porque, quando falamos de Samsung, não existe apenas uma 'Samsung'. Para alguns, a Samsung é o celular. Para outros, é a TV. Há ainda quem associe à linha de monitores, notebooks ou até eletrodomésticos. O grande desafio foi justamente unificar essas percepções.

Por muito tempo, nossa comunicação focou muito nos atributos técnicos. Isso funcionava em um primeiro momento, mas chegamos a um ponto em que percebemos que apenas a tecnologia não nos diferenciava tanto. Hoje, isso é commodity.

Foi aí que colocamos a marca no 'divã' e começamos a refletir: afinal, o que a Samsung representa para o consumidor? Descobrimos que o nosso propósito não era só tecnologia. O compromisso vital que nos move é a democratização da inovação.

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Não se trata de criar algo para poucos, mas permitir que cada vez mais pessoas tenham acesso a soluções que melhorem suas vidas.

Quando falamos de ecossistema, de casa conectada, com aparelhos que se comunicam entre si, ainda vemos a percepção de que isso é algo complicado, caro ou restrito a um público muito específico. Como vocês têm trabalhado para mudar essa imagem?

Esse é um desafio cultural. Muitas pessoas ainda pensam que 'automação é coisa de rico' ou que 'isso vai dar muito trabalho de configurar'. E, em alguns casos, mesmo quem compra acaba não utilizando todos os recursos.

Por isso, tomamos duas decisões importantes. A primeira foi abrir o ecossistema. Hoje, nossos produtos conseguem se conectar com aparelhos de outras marcas. Isso foi uma mudança de mentalidade importante. Não queríamos que o consumidor se sentisse 'preso' por ter que ter tudo da Samsung.

A segunda decisão foi a forma de comunicar: no lugar de grandes campanhas, optamos por falar de forma simples, quase como uma dica de amigo. Mostrar, na prática, como um ar-condicionado pode conversar com o celular, ou como a geladeira pode enviar alertas úteis. É um trabalho mais lento, de formiguinha, mas muito mais efetivo.

A Samsung sempre apostou muito em criadores de conteúdo. Como é esse trabalho com a Laura Neiva e o Chay Suede?

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A gente precisava de pessoas que realmente fossem embaixadores da marca, e não apenas influenciadores que fariam uma ação pontual. O Chay e a Laura já falavam naturalmente sobre casa, sobre família, sobre cotidiano. Não foi algo forçado.

Eles aceitaram abrir o lar deles, mostrar como usam os produtos, criar narrativas próprias sem roteiro pronto. Isso significou perder um pouco do controle, mas o resultado foi uma comunicação muito mais autêntica. O público percebe quando é real. Isso gera confiança.

Como equilibrar essa autenticidade com o objetivo final, que é gerar negócios?

Essa é uma ótima questão. Hoje não dá para medir de forma direta: 'o Chay gerou tantas vendas'. A ideia não é essa. O que buscamos é construção de marca a longo prazo.

Eles viraram parceiros de verdade, quase como parte da família Samsung. Usam os produtos no dia a dia, nos dão feedbacks reais e ajudam a criar conexão emocional com o público.

É diferente de um influenciador que anuncia uma marca hoje e outra amanhã. Para nós, o relacionamento contínuo tem muito mais valor.

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Além de nomes conhecidos, vocês também investem bastante em microinfluenciadores. Como gerenciar isso?

É mais trabalhoso, mas é muito mais rico. Há alguns anos, trabalhávamos com 15 grandes influenciadores. Hoje, temos entre 150 e 170 microinfluenciadores espalhados pelo Brasil. É uma rede enorme.

A vantagem é que eles são muito próximos das comunidades onde atuam. A margem de erro é pequena, porque eles têm um engajamento autêntico. Muitos já eram fãs da Samsung e acabaram se tornando parceiros. Isso cria uma base muito sólida de verdade.

E às vezes os resultados surpreendem: tivemos o caso de um instalador de ar-condicionado que, sozinho, ajudou a vender quase mil unidades em 12 meses. Ou seja, uma única pessoa, com credibilidade local e conexão com clientes reais, pode ter um impacto enorme.

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