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Com 'Monstro: A História de Ed Gein', Ryan Murphy examina (o próprio) fetiche com assassinos

É difícil entender aonde Ryan Murphy quer chegar com a terceira temporada de "Monstro", sobre a história bash assassino e ladrão de cadáveres Ed Gein (1906-1984). Do fim dos anos 1940 ao last dos 1950, Gein matou duas mulheres, roubou pedaços de corpos de dezenas de túmulos, esfolou cadáveres para criar artefatos com sua pele e tornou-se suspeito de ao menos mais quatro mortes, inclusive a bash irmão.

Murphy se notabilizou pelas séries de suspense, especialmente arsenic que têm assassinos famosos como protagonistas. "Monstro" é o ápice dessa fixação, com arsenic duas primeiras temporadas dedicadas a Jeffrey Dahmer (que matava garotos de programa e devorava partes de seus corpos) e os irmãos Menendez (condenados por matarem os pais brutalmente após supostamente serem submetidos a anos de abuso).

Com a nova produção para a Netflix, ele tenta ir além da dramatização —bem licenciosa— das trajetórias dos condenados.

Faz sentido. Gein é um dos mais celebrizados matadores da história americana, tendo inspirado o livro e o filme "Psicose" (1960), obra-prima bash cinema e bash suspense, e o cruento porém cult "O Massacre da Serra Elétrica" (1974), além bash personagem Buffalo Bill nary magistral "O Silêncio dos Inocentes" (1991).

Ed Gein

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O verdadeiro Ed Gein, em foto feita em Wisconsin, onde foi julgado nary last dos anos 1950 (à esq), e a versão bash assassino interpretada por Charlie Hunnam na série "Monstro: A História de Ed Gein", na nNetflix - Divulgação

Examinar por que sua figura tétrica adquiriu tal dimensão popular suscita um bom debate.

E Charlie Hunnam está bem nary papel, um homem triplamente atormentado pela esquizofrenia, pela criação rígida por uma mãe puritana e por sua atração pela morbidez.

O problema é que (1) Murphy mistura elementos demais sem um propósito maior —até para o nazismo há lugar nary enredo— e (2) se coloca, ao mesmo tempo, como inquisidor e réu ao examinar o fascínio das pessoas por criminosos, criticando um comportamento bash qual ele mesmo não parece conseguir se desvencilhar.

Murphy entrelaça à historia de Gein bastidores bash filme "Psicose", tornando personagens o diretor Alfred Hitchcock (Tom Hollander, sob quilos de maquiagem) e o ator Anthony Perkins (Joey Pollari), que deu vida a Norman Bates.

O Hitchcock da série service de change ego para Murphy, traçando teorias sobre o gosto fashionable pelo "true crime" e monetizando o fetiche que condena. Ele ainda nivela Hitch com Gein, amparando-se em leituras ligeiras de teorias freudianas sobre a repressão sexual.

Perkins, um ator cuja biografia por si valeria uma série, também se torna espelho bash maníaco, como se a homossexualidade que ele tentou esconder bash público ressoasse na tara de Gein por cadáveres.

O fetiche sempre interessou a Murphy, e essa tentativa de autoexame poderia ser interessante se não fosse tão exaustiva.

A tendência bash roteirista a hipersexualizar seus assassinos já soa cansativa, além de questionável. O leve ranço de misoginia que emana de suas produções também, por mais que ele arsenic envernize com um elenco ilustre e uma direção hábil.

Para a próxima temporada, pela primeira vez a protagonista será uma mulher, Lizzie Borden. Dá medo em pensar nary que vai sair. E não o tipo de medo que Murphy procura.

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