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Com o ouro batendo recorde, vale a pena penhorar uma joia? Entenda

O grama do metal chegou a valer R$ 600 ontem. Mas em seguida caiu para R$ 582, após a decisão do governo americano anunciar a pausa das cobranças de tarifas e fixar em 10% para o resto do mundo.

Nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF), entretanto, não é essa a cotação usada na avaliação das joias. O banco estava pagando de R$ 215 a R$ 218 por grama e usa esse intervalo de preços abaixo da cotação para avaliar as peças. Esse valor é fixo. Em dezembro, com a valorização do ouro no ano passado, a CEF corrigiu esse total em 20%. Consultado, o banco não revelou se há algum novo aumento no valor programado para breve. É bom lembrar que o valor artístico da peça, pérolas, ouro rose, pedras preciosas não são considerados pela CEF para o empréstimo.

Caixa empresta 85% do valor avaliado. No caso de uma avaliação correspondente a R$ 1 mil, pela cotação da CEF, o banco empresta 85% disso — R$ 850. Mas o cliente também paga juros, a avaliação da joia e IOF, o que soma uma taxa de 2,19% a 3,7% ao mês, dependendo do intervalo do empréstimo, que vai de um a seis meses. Se não pagar até o final do contrato, pode renovar por até mais seis meses. A Joia vai a leilão 30 dias após o vencimento do contrato, o cliente não pode pagar o valor emprestado.

A vantagem do penhor está nas taxas. Elas são bem menores que outras modalidades. O empréstimo pessoal na própria Caixa sai mais caro, 6,29% ao mês. Em bancos privados, esse percentual varia de 8,77% ao mês a 9,49% ao mês. "Aquela joia que acaba ficando em casa pode ser uma alternativa para a renegociação de dívidas", diz Bruno Cotrim, economista da casa de análise Top Gain. "No entanto, é essencial avaliar se a pessoa conseguirá quitar a dívida no prazo para evitar a perda das joias", acrescenta Cauê Mançanares, presidente da Investo.

E se eu quiser vender a joia?

Existem casas de ouro que aceitam a compra. Essa modalidade tem crescido bastante, segundo a Ourominas, que não revela percentuais. Na empresa, somente o valor do ouro é considerado, sem pedras ou adornos, como na Caixa. O preço pago é a cotação de mercado do ouro no dia — o que é mais vantajoso do que o penhor da CEF. "O valor pago para o cliente é exatamente o que a Ourominas paga no momento da negociação, sem descontos", explica Mauriciano Cavalcante, economista da Ourominas.

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