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Com preço em alta e oferta apertada, café não tem prazo para estabilizar

De acordo com Nakabashi, como o preço da commodity é determinado no mercado internacional, a medida federal sobre as tributações "tem pouco efeito interno."

Rafael Bassetto, sócio fundador do Moka Clube, pondera ainda que a atual legislação brasileira não permite a importação de grãos verdes, apenas torrados, prontos para consumo final. "[Isso] limita a reposição de estoques. Além disso, os custos de frete, impostos e câmbio tornam a operação pouco viável", afirma o empreendedor.

Especulação

Enquanto a oferta diminui, o consumo mundial cresce. A China, por exemplo, tem aumentado suas compras de café brasileiro. "A demanda global continua forte, e isso sustenta os preços altos", afirma Nakabashi.

Mariga aponta também influência do mercado financeiro: *"Há especulação envolvida. Quando os preços sobem, investidores compram para lucrar com a tendência, pressionando ainda mais os valores", diz o assessor financeiro.

Até quando?

Após as secas que afetaram a safra, a produção do café deve levar cerca de três anos para se recuperar, e os preços devem permanecer elevados por algum tempo. "A oferta só vai responder ao aumento de preço a médio prazo. Até lá, os consumidores sentirão o impacto", afirma o docente da USP.

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