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Como a ciência ajudou a inocentar a 'pior assassina em série' da Austrália?

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Em 2015, um legista disse que não havia evidências de assassinato. E novas provas mostraram que o motivo das mortes não é claro — ou seja, podem ter acontecido em decorrência de causas naturais.

Kathleen foi inocentada e solta em 2023 em Nova Gales do Sul, depois de 20 anos. O procurador-geral de Nova Gales do Sul, Michael Daley, explicou na ocasião que existiam dúvidas em relação à culpa dela na morte dos filhos, com base em novas evidências científicas.

Kathleen sempre alegou inocência
Kathleen sempre alegou inocência Imagem: EPA

E qual o papel da ciência?

O ex-juiz Tom Bathurst conduziu uma segunda investigação do caso depois que 90 cientistas e médicos assinaram uma petição pedindo a liberdade de Kathleen. Entre eles, estão dois ganhadores do prêmio Nobel.

Evidências médicas indicam mutações genéticas. A ciência teria descoberto uma mutação genética em Kathleen e suas duas filhas, Sarah e Laura. As suspeitas são de que essa mutação teria causado a morte natural delas.

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Variantes podem ser responsáveis por mortes. Em entrevista à BBC em 2021, a professora de imunologia e genômica Carola Vinuesa, da Universidade Nacional Australiana, afirmou que essa variante estava em um gene chamado CALM2, responsável por codificar a calmodulina (proteína encontrada no encéfalo e no coração). Isso poderia causar morte cardíaca súbita.

As descobertas foram publicadas na revista científica Europace. Outras variantes CALM já conhecidas são responsáveis por causar parada cardíaca e a morte de crianças enquanto dormem. Uma miocardite também é apontada como possível causa da morte de Laura.

Caleb e Patrick teriam outra mutação genética, diferente da mãe e das irmãs, no gene BSN. Pesquisas com camundongos apontaram que essa variante seria responsável por causar epilepsia fatal. No caso de Patrick, a advogada Sophie Callan, responsável principal do inquérito, fala na possibilidade de um "distúrbio neurogenético subjacente".

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