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Como a eficiência energética afeta a sua conta de luz? Entenda os níveis

A eficiência energética dos eletrodomésticos é uma das primeiras informações visíveis do aparelho ao comprá-lo. Geralmente representada por adesivos na caixa e na superfície dos produtos, é uma forma de assegurar o quanto de energia eles irão usar. A partir dessa informação, se torna mais fácil descobrir quem são os vilões da conta de luz, que pesam no orçamento do final do mês, e também saber quais são os melhores modelos para economizar no consumo de energia de casa.

Para utilizar melhor as informações contidas nesses adesivos, o guia do TechTudo a seguir explica como funciona o processo de classificação, as diferentes categorias de consumo e como usar esses dados na hora de escolher um eletrodoméstico, calculando seu impacto na conta de luz. A partir dessas informações, pode ser mais fácil escolher o aparelho certo para sua casa, economizando energia a longo prazo.

O que significa a classificação energética dos eletrodomésticos? Entenda cada categoria — Foto: Reprodução/Refrimaq O que significa a classificação energética dos eletrodomésticos? Entenda cada categoria — Foto: Reprodução/Refrimaq

Eficiência energética: tudo o que você precisa saber

Nos tópicos a seguir, você confere como surgiram os níveis de eficiência energética, sua utilidade pro dia-a-dia e para a conta de luz, além de detalhes sobre cada nível disponível no mercado e como utilizar os dados disponíveis para calcular o consumo energético mensal de sua casa.

  1. O que é eficiência energética?
  2. Para que serve o adesivo de eficiência energética?
  3. Níveis de eficiência energética
  4. Como a eficiência energética afeta a sua conta de luz?
  5. Como usar os dados de eficiência energética para calcular os gastos da sua casa?

O que é eficiência energética?

Um dispositivo eficiente é aquele que entrega a melhor performance com o mínimo de perdas e uso de recursos. Portanto, quando se fala em eficiência energética, significa que um aparelho consome menos energia elétrica para realizar o mesmo trabalho: seja ele manter a temperatura de refrigeração (no caso de geladeiras e freezers), aquecer ou preparar alimentos (para fogões e micro-ondas, por exemplo) ou reduzir a temperatura ambiente (ar-condicionado).

Os critérios para aferir essa eficiência envolvem a medição do consumo do aparelho em diversas condições, seja em seu modo normal, com maior e com menor carga, e a comparação com outros registros. O método também considera o tipo de tecnologia utilizada, como motores mais eficientes e sistemas de isolamento que evitam a perda de calor para o meio externo, em caso de produtos como air fryers e fornos elétricos.

No Brasil, a Lei de Eficiência Energética, n.º 10.295/2001, define os requisitos mínimos de desempenho para vários tipos de aparelhos, com base em critérios técnicos e parâmetros internacionais. Nesse contexto, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é o responsável por coordenar a testagem e classificação dos aparelhos, com a etiquetagem do selo PROCEL (para equipamentos elétricos), que varia de A (mais eficiente) até G (menos eficiente), com diferentes faixas de consumo para cada tipo de aparelho.

 Reprodução/Buscapé O selo Procel foi criado para informar o consumidor sobre quais aparelhos são mais eficientes — Foto: Reprodução/Buscapé

Para que serve o adesivo de eficiência energética?

O adesivo de eficiência energética serve para informar o consumidor sobre os dados de consumo de energia elétrica. Nele, consta a classificação daquele aparelho, que indica a eficiência (de A até G), bem como o consumo anual em kWh, os dados do fabricante, voltagem do aparelho e a identificação do programa nacional de conservação de energia, responsável pela certificação de eficiência.

A depender do tipo de aparelho, ele pode conter informações mais específicas, como a capacidade total de refrigeração (em BTUs) para aparelhos de ar-condicionado ou a eficiência em lavagem para máquinas de lavar roupa, além do consumo de energia no ciclo com água quente ou fria. Todos esses detalhes ajudam o consumidor a comparar as opções na hora de comprar um dispositivo, e também pode servir para calcular seu gasto mensal.

Níveis de eficiência energética

Os aparelhos são classificados em diferentes níveis de eficiência energética, de acordo com o seu desempenho. Essas categorias são sinalizadas por letras e tarjas que vão da cor verde até a vermelha, indicando o nível do desempenho. Com base nisso, é fácil identificar aqueles que têm menor consumo e, por consequência, causam menos impacto ambiental e são mais econômicos no uso diário. Veja a seguir o que cada nível significa:

  • A+++, A++ e A+: são os aparelhos com maior índice de eficiência, gastando 30%, 20% e 10%, respectivamente, a menos do que o nível A. Geralmente, possuem tecnologias modernas, como motores inverter e sensores que otimizam o consumo conforme a necessidade e, embora tenham o preço mais alto, compensam pela economia a longo prazo.
  • A: embora não cheguem à eficiência de um aparelho nível de A+++, eles ainda apresentam um bom desempenho no consumo de energia, com uma melhor relação custo-benefício.
  • B: indicado por um tom de verde mais claro, tem um consumo um pouco maior em relação à classificação anterior e pode representar um gasto maior ao longo do tempo.
  • C: esses aparelhos têm uma eficiência intermediária, e normalmente são de marcas que não focam tanto em inovação tecnológica.
  • D: essa faixa é indicada por um tom alaranjado, que aponta para uma menor eficiência energética. Geralmente, é representada por modelos mais antigos, que não têm a mesma inovação em relação aos componentes dos modelos recentes, que focam na economia de energia.
  • E, F e G: as demais faixas são as menos eficientes, sendo recomendados apenas em situações específicas onde o custo inicial seja mais relevante que o consumo de energia. Geralmente, equipamentos industriais são os mais comuns de serem categorizados nesse espectro.
 Reprodução/Amazon Eletrodomésticos mais eficientes geram economia no longo prazo e compensam o custo mais alto — Foto: Reprodução/Amazon

Como a eficiência energética afeta a sua conta de luz?

A eficiência energética dos eletrodomésticos está diretamente ligada ao valor da conta de luz. Afinal, quanto mais eficiente o aparelho, menor é o consumo dele em kWh. Em resumo, um aparelho com classificação A+++ tem um gasto significativamente mais baixo do que um na faixa D de consumo. Essa diferença é sentida principalmente em aparelhos que ficam ligados por longos períodos, como geladeiras e ar-condicionado, ou mesmo eletrodomésticos de uso frequente, como fornos e cooktops.

Embora os aparelhos com classificação mais alta exijam um investimento inicial maior, eles podem ser aliados de uma redução de consumo de energia a longo prazo, o que acaba compensando esse valor. Por exemplo, quem possui uma geladeira antiga, com classificação C, pode ver uma redução de até 50% no consumo ao trocar por uma mais moderna com selo A+++. Além disso, é preciso considerar o impacto no meio ambiente, pois com o menos consumo no geral, não há necessidade de acionar outras fontes de produção de energia, como usinas termelétricas que são mais poluentes.

Como usar os dados de eficiência energética para calcular os gastos da sua casa?

A partir dos dados do Selo Procel, o consumidor consegue comparar a economia de cada aparelho e decidir se vale a pena investir em um aparelho mais caro, pensando no longo prazo. Para isso, basta colocar a comparação em números, por meio de um cálculo simples, com base no consumo anual de cada item com a fórmula: Custo anual = Consumo anual em kWh × Preço do kWh (ou a média ao longo do ano, considerando que há variações de tarifa em épocas de seca, por exemplo).

No caso do tópico anterior, considerando que o aparelho de classe C consome 400 kWh por ano e a tarifa de energia local é de R$ 0,60, temos que o Consumo anual = 400 x 0,60 = R$ 240. Já considerando o modelo mais eficiente A+++, com um consumo anual de 200 kWh, o gasto por ano seria de R$ 120. Para aparelhos utilizados por algumas horas, você também pode calcular o consumo de energia com base no tempo de uso, somando o total por mês e por ano.

 Divulgação/Freepik (katemangostar) Saiba como calcular seu consumo energético a partir do uso dos dados de eficiência energética — Foto: Divulgação/Freepik (katemangostar)

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