
Vivemos em tempos de mudanças rápidas e profundas, nos quais a ideia de possuir uma casa própria se tornou um desafio monumental para muitos. A narrativa de que milionários preferem alugar e investir seus recursos no mercado financeiro pode ser inspiradora, mas é crucial lembrar que a realidade da classe média é bem diferente. Para muitos, a casa própria não é apenas um investimento financeiro, mas um símbolo de estabilidade e segurança.
O Sacrifício das Gerações Passadas
A geração do pós-guerra teve acesso a financiamentos mais acessíveis e um mercado imobiliário mais favorável. Eles puderam contar com apoio do BNH (Banco Nacional da Habitação), uma empresa pública brasileira criada em 1964, para financiar empreendimentos imobiliários, especialmente para a população de baixa renda, e promover o desenvolvimento urbano no país.
Já as gerações X e Y, nascidos entre 1965 e 1996, enfrentaram desafios e sacrifícios maiores ao tentar adquirir seu primeiro imóvel. Tanto que era comum vender o carro e o telefone para usar o dinheiro na entrada do financiamento do apartamento. E, ainda assim, se mudavam para um apartamento quase vazio, com a televisão equilibrada em cima de caixas e tijolos e um colchão no chão. Foi assim que a maioria construiu a sua vida. Esse sacrifício era visto como um rito de passagem, uma prova de determinação e foco em objetivos de longo prazo.
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