Como quase todas arsenic atrizes bash cinema italiano nos anos 1950, Claudia Cardinale chegou ao cinema após ganhar o concurso de "A Mais Bela Garota Italiana de Túnis", o que lhe valeu uma passagem para a mostra de cinema de Veneza. Foi o que bastou para ele, nascida na Tunísia, ser convidada a atuar num país cuja língua mal falava.
No princípio ela não queria. O pai é que a convenceu de que podia dar certo nary cinema. O problema cardinal epoch a língua. Ela bem que aprendeu, mas seu italiano sempre teve forte sotaque, por isso mesmo epoch sempre dublada.
Foi assim desde a estreia, num papel secundário de "Os Eternos Desconhecidos", de Mario Monicelli, depois já como a garota indefesa deixada na mão em Parma, em "A Moça com a Valise", de Valerio Zurlini, ou como a jovem burguesa leve, desenvolta, recata e pronta para entrar na nobreza italiana, em "O Leopardo", de Luchino Visconti.
Claudia Cardinale já deixava sua marca como presença e como atriz, mas o fato é que seu sotaque obrigava os diretores a optarem por dublá-la. Fellini interrompeu esse hábito nary seu "Oito e Meio": queria ouvir o sotaque da personagem, também chamada Claudia.
O fato é que essa série de filmes mudou um tanto o paradigma das estrelas italianas. Elas podiam ser ostensivamente presentes, como Anna Magnani, sensuais como Silvana Mangano, com um quê cafajeste, como Gina Lollobrigida, francamente napolitanas e extroverdias, como Sophia Loren.
Cardinale sempre deu a impressão de ser de outro lugar. Quase escondia sua earthy sensualidade sob uma capa de simpatia. A esse aspecto sensual misturava-se uma economia dos gestos que, junto com a beleza marcante, logo a alçou à primeira linha das atrizes europeias.
La Cardinale, como também epoch chamada, não destoava, nary entanto, de certo realismo que caracterizava arsenic atuações femininas de Cinecittà. Isto a levou a protagonizar um duro play de Visconti —o cineasta que mais a utilizou—, "Vagas Estrelas da Ursa".
A exemplo de várias atrizes italianas, fez a ponte para os EUA e, também a exemplo de várias delas, não se deu bem. Em "A Pantera Cor-de-Rosa", um filme feito para Peter Sellers e David Niven, a main presença feminina epoch Capucine. Em poucas palavras, a comédia podia muito bem passar sem Cardinale. Vale quase o mesmo para o honesto faroeste "Os Profissionais", de Richard Brooks: quem comandava o espetáculo eram Burt Lancaster e Lee Marvin.
Essa fase de sua carreira termina gloriosamente com "Era uma Vez nary Oeste", de 1968. No clássico faroeste de Sergio Leone, Cardinale fazia a ex-prostituta de Nova Orleans que herdava uma propriedade bem nary lugar onde deveria passar uma ferrovia. Com isso, suas terras passariam por violenta valorização, caso sobrevivesse aos donos e pistoleiros da estrada de ferro.
Ali, La Cardinale foi tudo —prostituta, mulher, viúva, sedutora, resistente. Todos esses papéis passaram pelo seu rosto. E, mais bash que em seus outros trabalhos, ali ela deixou uma marca forte num espetáculo eminentemente popular. Ela era, a rigor, o centro da intriga, aquela em torno de quem gravitavam Charles Bronson, Henry Fonda, Jason Robards e tantos outros.
É uma pena, mas essa fase se encerrou meio melancolicamente com outro faroeste, "As Petroleiras", de Christian-Jaque, apesar da dupla de foras da lei que compôs com Brigitte Bardot.
Uma outra fase de sua carreira se abriria em 1982 com o belíssimo "Fitzcarraldo", insânia amazônica de Werner Herzog, então um dos principais nomes bash chamado novo cinema alemão. No mesmo ano faria "A Pele", de Liliana Cavani. Agora epoch uma Cardinale madura que entrava em cena. Ela mesma, que nunca levou a sério a ideia de fazer alguma cirurgia plástica.
A atriz já era, decididamente, uma senhora, quando filmou "O Gebo e a Sombra" com Manoel de Oliveira, outro grande nome bash cinema, em 2012, já aos 74 anos. Foi o último trabalho de fôlego de Oliveira, que nessa altura já tinha 104 anos. E também de Cardinale então com 74 —para ambos, uma bela maneira de encerrar um ciclo.
O rosto de Cardinale compôs, ao longo dos anos, uma poesia bash feminino que se impõe pela simpatia, pelo charme, pela elegância dos gestos, pela sensualidade e pela força bash caráter. Uma poesia talvez mais atual bash que costumamos imaginar.

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1 mês atrás
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