Derrubar o celular na piscina, deixá-lo cair no vaso sanitário ou ser pego por uma chuva mais forte são alguns dos medos enfrentados por donos de smartphones há anos. Isso porque a infiltração de líquido em componentes eletrônicos pode comprometer seriamente o funcionamento do aparelho, causando desde danos leves até a perda total. Não por acaso, fabricantes como Samsung, Apple, OPPO, Motorola e Xiaomi investem em proteções cada vez mais fortes para evitar ou mitigar danos em caso de quedas. Em alguns modelos, é possível encontrar certificações como IP68 e IP69, que atestam resistência total contra poeira e até a jatos de água de alta pressão.
Mesmo assim, ainda há casos em que mesmo as certificações mais avançadas não são suficientes para salvar o celular. A internet está repleta de soluções caseiras, muitas das quais são mitos perigosos que podem, na verdade, agravar o problema — sim, estamos falando do famoso pote de arroz. Para te ajudar a saber exatamente o que fazer, o TechTudo conversou com Renato Citrini, gerente sênior de produto da divisão de Mobile Experience da Samsung Brasil, e com Clayton Rodrigues, engenheiro de computação e um dos produtores do canal Escolha Segura. Confira a seguir.
Queda na água? Especialistas explicam o que realmente fazer — e o que nunca fazer — ao molhar o celular — Foto: Reprodução/OPPO Celular caiu na água. O que fazer?
Se o seu smartphone acabou de cair na água, há algumas dicas que você pode fazer para tentar diminuir os danos em um primeiro momento. Segundo os especialistas, nas ocasiões em que o aparelho sofre uma queda em piscinas, lagos ou vaso sanitário, o consumidor deve, antes de tudo, desligar o celular.
- Desligue e seque o aparelho
Se o celular caiu inteiro na água, o usuário deve tirá-lo do contato com o líquido o mais rápido possível, retirar o chip e/ou cartão de memória e enxugar o smartphone com um pano. Ambos os especialistas indicam deixar o aparelho escorrendo em um local ventilado, até que a água possa ir embora. Segundo Citrini, durante o processo de secagem, o ideal é manter o aparelho desligado e evitar pressionar botões ou agitar o dispositivo, o que pode espalhar a umidade internamente.
“Não é recomendado carregar o smartphone nem conectar acessórios até que esteja completamente seco, pois isso pode causar curto-circuito ou danos ao conector. O dispositivo deve permanecer desligado até que toda a umidade visível tenha evaporado, incluindo na entrada USB, alto-falantes e microfone”, explica.
Ao molhar o celular, tire da água, seque e evite pressionar botões — Foto: Reprodução/Motorola Celular caiu no mar? Jogue água doce
Pode parecer contraditório, mas a dica do Escolha Segura é jogar água doce. Segundo Rodrigues, esse é o procedimento mais recomendado para tentar remover o sal do mar. “Oxidação da maresia é péssimo para eletrônicos. Ele já está molhado, então, é tentar diminuir o dano”, explica o especialista.
A prática é recomendada também pela Samsung. A empresa reforça que o procedimento ajuda a remover resíduos e sais que podem comprometer a vedação e causar corrosão. Após a limpeza, o aparelho deve secar naturalmente, sem o uso de secadores, micro-ondas ou outras fontes de calor.
Especialista recomenda enxaguar o celular com água doce para reduzir danos da maresia — Foto: Reprodução/Pexels (Andrea Piacquadio) Aplicativos para remover água nem sempre funcionam
Na internet há várias indicações de aplicativos que prometem ajudar a remover a água do celular, em caso de mergulho. Porém, Rodrigues explica que a maioria deles é indicado caso o aparelho tenha sido molhado, e não mergulhado. “Se o celular mergulhou no líquido, o ideal é mantê-lo desligado até você conseguir levar na assistência. Mas, se molhou apenas o alto-falante, aplicativos que jogam a água para fora funcionam, sim. O que joga a água para fora é a vibração do componente”, diz.
É importante perceber que, nem sempre, o processo de secagem será rápido. Nos celulares da Samsung, por exemplo, um ícone de água ou mensagem de umidade aparecem na tela para indicar que ainda não é possível conectá-lo ao carregador. Porém, algumas vezes, é possível que essa mensagem não desapareça, mesmo que o celular esteja completamente seco. Se você tem certeza de que seu smartphone está seco, a marca indica limpar o cache da porta USB para resolver o problema.
Especialista alerta: aplicativos funcionam apenas para água no alto-falante, não após mergulho — Foto: Letícia Rosa/TechTudo O que NÃO fazer se o celular cair na água
Agora que você já sabe o que fazer caso seu celular caia na água, há algumas recomendações do que não fazer caso acidentes com líquidos aconteçam. Certas ações, como deixar o celular exposto a fontes de calor excessivo, podem prejudicar mais do que ajudar na hora de retirar a água do aparelho.
Calor excessivo e “soluções caseiras” podem causar danos ao celular — Foto: Divulgação/OPPO - Secar com secador? Nem pensar
Apesar de parecer uma boa ideia agilizar a secagem com um secador de cabelo, ambos os especialistas não recomendam a prática. Não é recomendado utilizar secadores, sopradores, micro-ondas, fornos ou outras fontes de calor para secar o smartphone, uma vez que essas ações podem danificar a vedação, comprometer a resistência à água e causar danos permanentes ao aparelho.
“O consumidor não deve colocar (o celular) no sol e nem usar o secador. O telefone não pode passar de uma temperatura segura devido à bateria e, com o calor, ela pode aquecer muito e explodir”, explica Rodrigues.
Não é recomendado utilizar secadores, sopradores, micro-ondas, fornos ou outras fontes de calor para secar o celular — Foto: Reprodução/Amazon - Não colocar o telefone do carregador
Outro ponto importante é não conectar o celular ao carregador antes que ele esteja completamente seco. Dessa forma, o usuário evita curto-circuito, corrosão de componentes e outros danos graves ao aparelho, além de garantir a própria segurança.
Evite conectar o celular ao carregador antes que ele esteja completamente seco — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo - Nada de celular dentro do arroz ou da farinha
Existe no imaginário popular a crença de que, se o celular cair na água, colocá-lo em um pote de arroz cru ou farinha fará com que o alimento absorva a umidade do aparelho. Porém, isso é mito. Segundo Rodrigues, colocar o smartphone em um pote de arroz ou farinha, além de não adiantar, pode acabar obstruindo a porta USB, as saídas de som e o espaço do chip.
Arroz pode ajudar a absorver umidade do smartphone? Isso é mito! — Foto: Foto: Luciana Maline/TechTudo - Não submeter o dispositivo à água com alta pressão
Citrini ainda alerta o consumidor que não é recomendável submeter o celular à água com alta pressão, como jatos ou torneiras fortes, mesmo em casos de contato com água salgada. Outro ponto de atenção é a utilização dos smartphones em ambientes com variações bruscas de temperatura, como saunas e banhos turcos.
Não submeta o celular à água com alta pressão — Foto: Reprodução/Oppo Como saber se seu smartphone é resistente à água
Nem todos os smartphones no mercado tem algum nível de proteção contra água e poeira. Entre os que contam com a certificação, existem níveis variados de vedação, a depender da nomenclatura presente na ficha técnica do smartphone. Para identificar se o seu smartphone tem algum grau de proteção, atente-se ao IP (Ingress Protection), que indica o nível de resistência à poeira e à água do aparelho.
Os tipos de proteção mais comuns encontrados nos smartphones são IP54, IP64, IP66, IP67, IP68 e IP69, sendo o primeiro número referente ao grau de resistência à poeira, e o segundo, à água. Quanto maior o número, mais resistente é o aparelho. “O IP69 é o queridinho do momento porque resiste a congelamento, calor acima de 90° e fortes pressões, como uma lavadora de alta pressão. Parece um número bobo, mas pode te salvar de uma perda significativa”, explica Rodrigues.
Entenda o que significa a certificação IP e quando seu celular realmente é à prova d’água — Foto: Thássius Veloso/TechTudo Modelos Galaxy, como os da linha Galaxy S25, têm certificação IP68, ou seja, suportam imersão em até 1,5 metro de água doce por até 30 minutos. Essa classificação oferece uma camada adicional de proteção em situações acidentais, como respingos ou breves quedas em água doce. Celulares dobráveis, como o Galaxy Z Flip 6, são menos resistentes: geralmente oferecem proteção IP48, com proteção parcial contra poeira.
Além de buscar evitar acidentes, é importante também manter o bom estado das borrachas de vedação, bandeja do chip e conectores, pois danos físicos ou desgaste natural podem reduzir a resistência original do aparelho ao longo do tempo.
Quando procurar a assistência técnica
Ambos os especialistas recomendam procurar uma assistência técnica autorizada sempre que o smartphone apresentar falhas após contato com líquidos. Entre elas estão som abafado, ruído no alto-falante ou microfone, dificuldade para carregar, falhas de rede, mau funcionamento de botões ou comportamento anormal da tela.
Também é importante buscar suporte se o aparelho tiver sofrido quedas, impactos, rachaduras ou danos na estrutura, já que esses fatores podem comprometer a vedação e reduzir a resistência à água prevista na certificação IP. Isso deixará o smartphone vulnerável a danos maiores em contato com a água.
Especialistas recomendam procurar uma assistência técnica autorizada sempre que o celular apresentar falhas após contato com líquidos — Foto: karlyukav/Freepik 📽️ Celular CAIU NA ÁGUA? Saiba o que fazer para recuperar o smartphone!
Celular CAIU NA ÁGUA? Saiba o que fazer para recuperar o smartphone!

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