As câmeras de celular evoluíram tanto nos últimos anos que, hoje, muita gente já troca as câmeras profissionais por smartphones na hora de fotografar. Modelos de marcas como Samsung, Xiaomi, Motorola e Apple apostam em sensores maiores, lentes mais nítidas e recursos de pós-processamento com inteligência artificial — tudo para entregar imagens cada vez mais próximas das de equipamentos profissionais. Mas, para aproveitar todo esse potencial, é importante conhecer alguns truques e técnicas que realmente fazem diferença na hora do clique.
Para mostrar como tirar fotos profissionais com o celular, o TechTudo conversou com o criador de conteúdo e especialista em fotografia Paulo “Barba” Moreira, do canal Barba Sou Eu. Conhecido por produzir imagens impressionantes com smartphones, o fotógrafo compartilhou truques e ajustes que fazem toda a diferença na hora do clique — mesmo em celulares intermediários. Confira abaixo.
Aprenda a tirar fotos profissionais com o celular — Foto: Mariana Saguias/TechTudo Como tirar fotos profissionais com o celular? Fotógrafo dá dicas
No índice abaixo, você confere todos os tópicos abordados nesta matéria:
- O que um bom celular para fotos deve ter?
- Megapixels não são tudo
- Principais erros na hora de tirar fotos com o celular
- Dicas para tirar fotos profissionais com o celular
O que um bom celular para fotos deve ter?
Nos últimos anos, as câmeras se tornaram um dos principais diferenciais entre os celulares — e também um dos maiores motivos para o aumento dos preços. Para justificar o investimento, as fabricantes apostam em fichas técnicas cada vez mais robustas e em recursos que prometem melhorar a experiência fotográfica.
Além de sensores mais sensíveis à luz e processamentos de imagem baseados em Inteligência Artificial (IA), muitas marcas firmam parcerias com empresas tradicionais do ramo óptico. É o caso da ZEISS, presente em celulares da vivo (JOVI); da Leica, que colabora com a Xiaomi; da Hasselblad, que trabalha com a OPPO; e da Sony, que fornece sensores para a Apple e para a Motorola.
Câmeras do JOVI V50 têm lentes ZEISS — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo Segundo o criador de conteúdo Paulo Moreira, esse alto nível de tecnologia faz com que seja cada vez mais difícil inovar no mercado, cabendo ao consumidor observar os detalhes antes de decidir. “Os melhores smartphones apostam no trio de câmeras: principal, ultrawide e telefoto (com zoom de pelo menos 3x). Os megapixels não fazem tanta diferença, mas sabemos que os sensores atuais mais avançados são os de 48 MP e 50 MP; se estiverem presentes nas três câmeras, temos um excelente smartphone”, afirma. Ele também recomenda escolher celulares com a seguinte configuração:
- Câmera principal com abertura mínima de f/1.8 e estabilização ótica;
- Câmera ultrawide com autofoco e capacidade de fazer fotos macro;
- Lente telefoto com estabilização ótica assim e abertura mínima de f/2.5;
Quando o assunto é câmera de celular, muitos consumidores ainda associam a qualidade da foto ao número de megapixels — mas essa relação nem sempre é direta. O termo “megapixel” se refere à quantidade de pontos (ou pixels) que formam uma imagem. Quanto mais megapixels, maior a resolução e o nível de detalhe capturado.
Nas campanhas de marketing, é comum que as fabricantes destaquem a quantidade de megapixels como símbolo de qualidade fotográfica — afinal, números altos chamam atenção e passam a ideia de que “mais é melhor”. Modelos premium, como o Galaxy Z Fold 7 e o Galaxy S25 Ultra, chegam a trazer câmeras de 200 MP como principal diferencial.
Câmeras do Galaxy Z Fold 7 têm até 200 MP — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo No entanto, esse número por si só não garante fotos profissionais. A resolução elevada indica apenas o quanto a imagem pode ser ampliada sem perder nitidez, mas não necessariamente reflete excelentes resultados. A qualidade final depende também do tamanho do sensor, da abertura da lente, do processamento de imagem e, claro, da iluminação e do olhar de quem fotografa.
“A fotografia computacional evoluiu muito desde o surgimento do primeiro Google Pixel, celular que impulsionou a tecnologia de fotografia via software, não dependendo tanto do hardware. Hoje, um Galaxy A56 faz fotos e vídeos melhores que um topo de linha de cinco anos ou seis anos atrás", explica Paulo. "Megapixels não são tão importantes, mas, no atual padrão da indústria hoje, percebo que estão deixando os melhores sensores realmente nas câmeras com mais megapixels”.
Principais erros na hora de tirar fotos com o celular
Mesmo com câmeras potentes e modos automáticos cada vez mais inteligentes, nem sempre o resultado das fotos corresponde ao que a pessoa esperava. Isso acontece porque os smartphones aplicam uma série de ajustes automáticos — como saturação, nitidez e brilho — que buscam “embelezar” a imagem, mas muitas vezes acabam distorcendo o que o olho humano realmente vê. Um exemplo é o HDR (High Dynamic Range), recurso ativado por padrão em praticamente todos os celulares atuais, que combina várias exposições para equilibrar luz e sombra.
Para Paulo, confiar cegamente nessas configurações de fábrica é um dos erros mais comuns entre quem busca resultados profissionais. “O HDR automático dos smartphones, na minha opinião, estragou como a gente acha que uma fotografia deve ser. Praticamente todas as fabricantes estão entregando resultados de imagem diferentes do que você vê diretamente na tela. A maioria das fotos sai clara demais, sem sombra nenhuma, sem altas luzes. É uma correção que, a meu ver, perdeu a mão faz muito tempo”, aponta.
Câmeras do Xiaomi 14T, cujas lentes são cocriadas em parceria com a Leica — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo Por isso, quem quer tirar o máximo proveito da câmera precisa ir além do modo automático e aprender a fazer pequenos ajustes manuais ou edições. Usar aplicativos como Lightroom Mobile e Project Indigo ajuda a recuperar o equilíbrio da imagem. Com eles, você pode compensar luzes estouradas, sombras e outros detalhes que passaram despercebidos no clique. Locais ao ar livre, por exemplo, costumam ter variações de luz que o sensor do celular não capta da mesma forma que o olho humano. Segundo Paulo, não se deve esperar que a foto saia exatamente igual ao que se vê.
Dicas para tirar fotos profissionais com o celular
Para Paulo Moreira, o segredo para fotos realmente boas com o celular começa pela iluminação. Um ambiente bem iluminado ou com luzes bem direcionadas é essencial para garantir nitidez, profundidade e cores mais fiéis à realidade. Segundo ele, equipamentos como ring lights e refletores podem ajudar, mas saber aproveitar a luz natural — vinda de janelas, por exemplo — costuma gerar resultados ainda melhores.
Mesmo celulares intermediários podem entregar fotos de aparência profissional quando a iluminação e o enquadramento são bem trabalhados. Detalhes como o posicionamento da fonte de luz, o horário do dia e o uso de sombras podem transformar completamente a composição.
Iluminação e enquadramento fazem diferença mesmo em celulares básicos — Foto: Lucas Loyo/TechTudo Abaixo, seguem algumas dicas de Paulo para alcançar resultados mais profissionais:
- Evite confiar apenas nas configurações de fábrica;
- Ajuste a exposição manualmente para −1 ou −0.7, dependendo do cenário;
- Prefira o modo PRO em vez do modo automático;
- Desative o HDR automático, que pode deixar a imagem artificial;
- Use a regra dos terços, linhas guiadas e o framing (criando molduras naturais com objetos, árvores, janelas etc.);
- Experimente a regra dos ímpares, priorizando composições com três elementos principais;
- Dê preferência a ambientes bem iluminados e observe de onde vem a luz para destacar o objeto principal.
🎥 Como tirar foto da lua pelo celular Android e iPhone
Como tirar foto da lua pelo celular Android e iPhone

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