Líder de mercado e uma das marcas mais valorizadas do mercado de tecnologia, a Dell Technologies tem um compromisso de longo prazo com o Brasil, declara o presidente da companhia no país, Diego Puerta. Em entrevista ao podcast Better Future, o executivo destaca que um dos fatores para o sucesso da empresa no país são as pessoas.
“A Dell, no Brasil, se tornou um polo de exportação de talentos. Conseguimos encontrar no Rio Grande do Sul um time muito preparado, muito comprometido, leal e com vontade de se desenvolver”, observa. “Se me perguntassem os fatores que fizeram a Dell construir a posição que tem hoje no País, eu diria que ter uma fonte de talentos como a que a gente tem aqui é um deles.”
Mercado Digital – Dados recentes da S&P Global mostram que a Dell impulsionou R$ 27,4 bilhões na economia brasileira e contribuiu com R$ 9,19 bilhões no PIB nacional em 2023. Qual o potencial que você enxerga para o País nos próximos anos?
Diego Puerta – O Brasil é um mercado muito grande, orbita entre o sexto e sétimo maior mercado de tecnologia no mundo. A Dell tem uma presença muito forte local. Somos a única operação no mundo que tem a fábrica para atender apenas o país — esse é um ponto importante, porque nos possibilita oferecer um nível de experiência único para os usuários. Mais de 90% do que a gente vende no país é produzido localmente.
Ao longo dessa jornada, construímos uma operação que é líder em todas as categorias de negócio em que atua (desktop, notebooks, servidores, workstation, armazenamento). No mercado corporativo, temos 46% de market share de PCs, 45% em servidores, mais de 30% em armazenamento. São dados muito expressivos. Junto com isso veio também uma percepção de marca muito positiva - aliás, a percepção da marca Dell no Brasil é uma das mais altas no mundo. Hoje, somos referência. O consumidor brasileiro é exigente e reconhece qualidade.
Mercado Digital – Ter produção local é decisivo nesse mercado?
Puerta – Sem dúvida. É impossível para uma empresa na nossa indústria ser competitiva no Brasil somente importando. É preciso produzir aqui, entender a complexidade de operar no Brasil — seja logística, de processos, de tributação. Tem que saber como funciona a Lei do Bem, os incentivos de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento. Ou seja, entender todo esse ecossistema e saber operar ele.
Montamos um time capacitado, que soube entender e executar muito bem os planos. E é importante que temos toda operação de atendimento, com call center, vendas, suporte técnico, estrutura de marketing, operações no país. Somos a única empresa que consegue atender todo o território nacional, do ponto de vista de serviços, temos todo o portfólio global. Ano após ano, vem crise, vai crise e a Dell segue com muita consistência de execução. Nosso compromisso com o Brasil é de longo prazo. Estamos aqui, acreditamos no potencial do mercado e investimos de forma contínua.
Mercado Digital – Você está há 25 anos na Dell, e fez parte, inclusive, parte do movimento de trazer a empresa para o Brasil. Como foi que isso aconteceu?
Puerta – De fato, atuei no processo de atração da Dell para o Rio Grande do Sul. Na época, 1996 e 1997, eu trabalhava na agência de desenvolvimento do RS e buscávamos fomentar as empresas de tecnologia. A Dell tinha planos de vir para o Brasil, se interessou pela proposta do Rio Grande do Sul (já havia analisado outros três estados) e acreditou bastante no projeto e no interesse de Estado. Eu era o gerente de projeto responsável por essa discussão e, quando fechou o negócio, um dos gestores disse: você vai vir trabalhar conosco. Desde então, estou na Dell. Iniciamos a operação no Brasil em 1999 e já começamos produzindo no país, com produtos nacionalizados, com estrutura de atendimento, vendas e call center. Iniciamos uma operação completa desde o começo.
Mercado Digital – O que representou a vida da empresa para o Estado?
Puerta – Sempre tivemos uma competência agrícola e metalmecânica no Rio Grande do Sul, mas faltava uma empresa desse porte e estrutura da área de tecnologia. Esse momento da vida da companhia foi importante, inclusive, porque trouxemos junto um ecossistema que foi se desenvolvendo e crescendo, com várias empresas se instalando para prestar serviços para a Dell.
Começamos também a nossa jornada de investir em capacitação local. Fomos a primeira empresa a ter uma operação no Tecnopuc, e lá começamos a investir em desenvolvimento e capacitação dos centros globais da Dell. Esse programa nasceu no parque tecnológico da Pucrs, no começo dos anos 2000, e se expandiu de tal forma que hoje é um dos cinco maiores centros de desenvolvimento do mundo. São mais de 1 mil profissionais de tecnologia desenvolvendo soluções aqui no Brasil para atender a Dell globalmente.
Mercado Digital - O ecossistema de inovação gaúcho vive um momento único. Como você tem percebido essa mudança de mentalidade, mais voltada para colaborar e construir junto?
Puerta – Esse ecossistema, de fato, cresceu muito. Estou muito impressionado com esse movimento recente, feliz de ver isso acontecer e, principalmente, de fazer parte, de poder ajudar. O Rio Grande do Sul tem uma capacidade de trabalho e de coordenação muito grande. A gente viu isso no nosso time. A Dell, no Brasil, se tornou um polo de exportação de talentos. A gente conseguiu encontrar no Rio Grande do Sul um time muito preparado, muito comprometido, leal e com vontade de se desenvolver. E a Dell deu as oportunidades e um alcance global. Foi uma combinação muito favorável que ajudou a gente a construir a Dell tão bem-sucedida de hoje.

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