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Confiança na imprensa não está em queda no mundo. Ela, inclusive, cresce

A confiança nas notícias está entre as mais altas nos países nórdicos. O DNR revela que 67% dos adultos na Finlândia e 56% na Dinamarca confiam nas notícias na maior parte do tempo, aumentando em 11 e 10 pontos percentuais, respectivamente, desde 2020. Essa história de sucesso se perde nas narrativas negativas predominantes, porém infundadas. Rasmus Kleis Nielsen, Professor de Comunicação na Universidade de Copenhague, destaca três fatores que contribuem para a confiança consistentemente alta na mídia nórdica: maiores níveis de confiança entre as pessoas da região, maior confiança nas instituições e uma menor proporção de pessoas que usam as mídias sociais como sua principal fonte de notícias. "A conexão relativamente mais forte que as editoras nórdicas conseguiram conquistar e manter ajuda a fortalecer a confiança, pois, quando se trata de notícias, as pessoas tendem a confiar nos veículos que usam rotineiramente", conclui Nielsen.

O DNR e a Edelman também demonstram alta confiança em notícias de outros países desde 2000, incluindo Nigéria e Quênia. O Relatório Nacional de Notícias (DNR) de 2025 mostra que 68% dos adultos na Nigéria e 65% no Quênia confiam nas notícias na maior parte do tempo, um aumento de 15 pontos percentuais no Quênia desde 2020. Pamella Sittoni, editora pública do The Nation Media Group no Quênia, atribui o aumento da confiança na mídia, em parte, a um histórico de mídia privada confiável, considerada relativamente independente da influência estatal, e em parte a uma grande população de jovens instruídos que verificam o que leem nas mídias sociais ou sites, visitando fontes tradicionais confiáveis. "Houve uma redução considerável na confiança no governo e até mesmo nos grupos religiosos agora fragmentados, o que deixou a mídia como a principal fornecedora da verdade", afirma.

Sem dúvida, há muito que a mídia pode fazer para aumentar a popularidade.

*Luba Kassova é especialista em mídia, pesquisadora, jornalista e cofundadora da AKAS, com foco em tendências sociais e de mídia, democracia, IA e igualdade, e Richard Addy é cofundador da AKAS, estrategista, consultor internacional de mídia, ex-assessor do vice-diretor-geral da BBC e ex-diretor da BBC News.

Este texto integra a campanha do Dia Mundial do Jornalismo, criada pelo World Editors Forum, pela Canadian Journalism Foundation (CJF) e pelo Project Kontinuum para destacar a importância do jornalismo na vida em sociedade.

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