Congresso na Argentina se fragmenta e ninguém terá maioria

Congresso na Argentina se fragmenta e ninguém terá maioria

Nenhum grupo político teve maioria no Congresso da Argentina nas eleições deste domingo (23.out.2023). A coalizão que elegeu o maior número de deputados na Câmara foi o Unión por la Patria, do candidato vencedor do 1º turno da disputa para a Presidência, Sergio Massa. O grupo elegeu 108 deputados, 10 a menos do que a atual bancada governista. Para ter maioria na Casa Baixa, eram necessários ao menos 129 deputados.

A coligação La Libertad Avanza, de Javier Milei, tinha apenas 3 cadeiras e agora elegeu 37 deputados. Ele ficou em 2º lugar no 1º turno do pleito presidencial O Juntos por el Cambio, da 3ª colocada Patricia Bullrich, foi outro que perdeu espaço na Casa com uma baixa maior do que a bancada do governo: de 118 para 93.

Os eleitores argentinos foram às urnas para renovar parte do Congresso do país. Estavam em votação 130 dos 257 assentos da Câmara dos Deputados e 24 das 72 vagas do Senado.

Eis o resultado da disputa presidencial:

• Sergio Massa (Unión por la Pátria), de esquerda: 36,68%;
• Javier Milei (La Libertad Avanza), de direita: 29,98%;
• Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), de direita: 23,83%;
• Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País), de esquerda: 6,78%;
• Myriam Bregman (Frente de Izquierda), de esquerda: 2,70%.

Leia como é e como ficará a Câmara dos Deputados da Argentina, conforme resultados parciais:

No Senado, o partido de Massa saiu de 32 para 34 congressistas. O de Bullrich seguiu a mesma tendência da Casa Baixa, caindo de 33 senadores para 24; enquanto o grupo de Milei passou a ter 8 senadores. As coalizões precisavam eleger ao menos 37 senadores para ter maioria na Casa Alta.

Leia como é e como ficará o Senado da Argentina:

Os congressistas assumem o cargo em 10 de dezembro, mesma data em que o novo líder da Casa Rosada será empossado.

Leia mais:

• Pesquisas na Argentina subestimaram desempenho de Massa no 1º turno;
• Massa promete convocar “governo de unidade nacional” na Argentina;
• Argentinos escolherão entre kirchnerismo ou liberdade, diz Milei;
• Patricia Bullrich faz discurso e nega apoio a Massa no 2º turno;
• 77,65% dos argentinos foram às urnas, menor participação desde 2007.

Leia mais em Poder360