O número de consumidores que desistiram de comprar em sites internacionais devido ao custo do Imposto de Importação subiu de 13% para 38%, segundo a pesquisa Retratos do Brasil, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) à consultoria Nexus. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (27), comparam os hábitos de consumo da população entre maio de 2024 e outubro de 2025.
Segundo o superintendente de economia da CNI, Marcio Guerra, o impacto da taxação das importações de até US$ 50 é positivo para a indústria brasileira, que está sujeita a condições desiguais de competição com outros países. "A implementação do imposto de importação é o início de um processo que busca trazer mais justiça e competitividade para a indústria nacional. No entanto, o imposto ainda está em um patamar muito aquém do necessário para chegarmos a esse equilíbrio, pois a carga tributária de outros países é muito menor que a nossa", avalia.
Segundo a pesquisa, a desistência por causa da "taxa das blusinhas" fez subir de 22% para 32% o número de pessoas que foram atrás de um produto similar com entrega nacional. O percentual de consumidores que procuraram um item parecido em loja física passou de 13% para 14%, enquanto a quantidade de pessoas que buscaram item similar em outro site ou aplicativo internacional cresceu cinco pontos percentuais, de 6% para 11%. A desistência definitiva caiu de 58% para 42%.
Também aumentou, de 32% para 36% o total de consumidores que deixaram de importar por causa do custo com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O percentual de desistência cresce entre as pessoas com ensino superior (48%); os mais jovens (45%); aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos (41%); e os que vivem na região Nordeste (41%). Além disso, o alto custo do frete e o longo prazo de entrega também desestimulam as importações, tanto que 45% dos compradores abandonaram pedidos ao saberem do custo do frete e outros 32% desistiram de comprar em plataformas internacionais ao descobrirem o prazo de entrega do produto.
Por outro lado, apenas 10% dos entrevistados compraram todos os itens para uso no trabalho, percentual maior entre os moradores da região Sul (19%); pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos ou que têm entre 25 e 40 anos (15%); homens (14%) e cidadãos com ensino superior (12%). Apenas 2% dos consumidores importaram produtos pensando em revenda. "Isso pode sinalizar um avanço na racionalidade do consumidor brasileiro na hora da compra, ou seja, a 'taxa da blusinha' trouxe reflexões que antes desapareciam por conta do tamanho da diferença dos preços", afirma Guerra.

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