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'Contrata-se': Serviço Secreto pede candidaturas em comercial do Super Bowl em meio a investida de Trump contra agências dos EUA

A propaganda teve 60 segundos, custou US$ 2 milhões (cerca de R$ 11,6 milhões) para ser produzida e foi dirigida por Michael Bay, diretor de Hollywood famoso por filmes como a saga "Transformers", segundo a mídia dos EUA.

Tradicionais na cultura dos EUA, os comerciais do Super Bowl são um dos momentos que recebem maior atenção no ano na televisão do país. A final da liga de futebol americano é o evento de esporte mais importante do calendário americano, e uma janela de 30 segundos pode custar até US$ 8 milhões (cerca de R$ 46,3 mi). O tempo de TV para comercial do Serviço Secreto foi doado ao governo dos EUA, segundo a mídia americana.

Em tom enaltecedor, a Casa Branca replicou o comercial em seu perfil oficial na rede social X, que chamou "de dar arrepios", e compartilhou o link para aplicar a vagas na agência. Em linha com o discurso de Trump, a propaganda traz falas sobre liberdade e a grandiosidade dos EUA, e mostra algumas imagens do atentado sofrido por Trump durante um comício na Pensilvânia em julho.

O comercial ocorre em meio a uma reformulação de Trump nas agências governamentais, como a CIA, agência máxima de investigação dos EUA, a USAID, de ajuda humanitária, e o próprio Serviço Secreto, que cuida da segurança interna e de autoridades.

O Serviço Secreto foi duramente criticado por Trump e seus seguidores em 2024, principalmente durante a campanha do republicano à presidência. A agência era a responsável pela segurança do comício em que Trump sofreu o atentado, caso que desencadeou uma crise no Serviço Secreto e motivou a renúncia da diretora.

A reformulação do governo Trump nas agências muitas vezes ocorre sob a justificativa de que elas estariam "contaminadas com ideologias de esquerda", como as políticas de diversidade e inclusão, motivando os programas de demissão voluntária oferecidos a funcionários de carreira. A ideia é alinhar as agências do governo às políticas do republicano, o que pode potencializar o alcance dos poderes do presidente.

'Ultimato' de Trump para demissões em agências do governo

Trump durante coletiva com Netanyahu na Casa Branca — Foto: Reuters/Elizabeth Frantz

A ação para suspender a proposta foi apresentada na última terça-feira (4) pelo principal sindicato da categoria, a Federação Americana de Funcionários do Governo (AFGE, na sigla em inglês), e outras organizações.

O objetivo era fazer com que o plano fosse suspenso e obrigar o governo a aplicar "medidas que cumpram a lei em vez de um ultimato arbitrário, ilegal e demasiado breve".

Chamada de "demissão adiada", a proposta foi apresentada pela Casa Branca na semana passada, e deu nove dias para os funcionários decidirem se aceitariam ou não. A promessa era a de que os funcionários manteriam "os salários e todos os benefícios até 30 de setembro".

O plano de demissão voluntária, no entanto, obrigaria os funcionários do governo, entre outras coisas, a renunciar a qualquer ação judicial posterior caso o aceitassem.

A proposta, que expirava o prazo à meia-noite de quinta para sexta no horário local, foi suspensa por um juiz federal de Massachusetts. Segundo o jornal americano "The Washington Post", o magistrado marcou uma nova audiência para a segunda-feira (10).

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