De acordo com a OMS, Gaza vive uma "catástrofe iminente de saúde pública", com risco de mortes de civis não só em razão dos bombardeios, mas também por causa dos deslocamentos em massa, superlotação de hospitais e danos às infraestuturas de saneamento.
Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, alertou que faltam suprimentos aos hospitais, como anestesia para operar os pacientes. Ele também falou sobre a falta de água, essencial para a vida.
OMS alerta para o risco de catástrofe de saúde pública em Gaza
O risco de faltar água em Gaza também foi apontado pelo Unicef. Mais de 2 milhões de pessoas serão afetadas e, sem água suficiente, há uma ameaça crescente de mortes por desidratação.
Segundo o Unicef, 55% da infraestrutura de abastecimento de água em Gaza necessita de reparação e apenas uma estação de dessalinização está funcionando com apenas 5% de capacidade. As outras estações de tratamento de águas residuais estão inoperantes por falta de combustível ou energia.
O porta-voz da OMS pediu que o combustível fosse autorizado a entrar em Gaza para permitir o funcionamento de uma usina de dessalinização. Israel bloqueou a Faixa de Gaza e recusa-se a permitir o fornecimento de combustível, dizendo que este poderia ser usado pelo Hamas para fins militares.
O Unicef também alertou para a saúde mental das crianças. "A agitação e violência podem induzir estresse tóxico nas crianças, o que interfere no seu desenvolvimento físico e cognitivo e causa problemas de saúde mental, tanto a curto quanto a longo prazo", reforçou Russel.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, mais de 3.400 crianças foram mortas desde o começo do conflito. Cerca de 940 crianças estão desaparecidas em Gaza, segundo o Unicef.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que, na segunda-feira (30), houve uma interrupção no fornecimento de água para o Sul de Gaza – para onde os moradores fugiram – por "razões desconhecidas".
Além dessa interrupção, o fornecimento de água em Gaza foi prejudicado por um bloqueio imposto pelo governo do premiê israelense Benjamin Netanyahu logo após o ataque terrorista do Hamas.
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