Uma das operações mais rumorosas do BRB (Banco de Brasília) nos últimos anos, a venda de uma fatia de 49% da BRB Financeira por R$ 320 milhões para um grupo de investidores será desfeita devido à crise que envolve o banco estatal.
Os empresários envolvidos no negócio já enviaram notificação formal à instituição, ligada ao governo do Distrito Federal, informando a desistência da transação.
A BRB Financeira é uma subsidiária que oferece serviços como crédito consignado, imobiliário e pessoal. Atua na área pública também, com foco em programas sociais e de fomento.
O BRB atravessa uma crise e é acusado de ter feito repasses ilegais ao Banco Master, do empresário Daniel Vorcaro, por meio da compra de carteiras falsas de crédito, o que seria acobertado por meio da aquisição do banco privado pelo público. O Banco Central proibiu a concretização do negócio em setembro.
Em novembro, a Justiça determinou o afastamento de Paulo Henrique Costa da presidência do BRB em meio à operação Compliance Zero, da Polícia Federal. Na sequência, ele foi demitido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB-DF).
Foi Costa o responsável no BRB pela venda da BRB Financeira para um grupo composto por André Azin, Carla Pontes, José Ricardo Lemos Rezek e CPSB Patrimonial e Participações.
Azin e Carla são fundadores da fintech Kardbank, que opera com cartões consignados. Rezek, por sua vez, é CEO do grupo RZK, que atua em diversas áreas, como agronegócio, telecomunicações e energia. A CPSB é controlada pela família Pontes e atua no setor de construção no Ceará.
Eles já enviaram notificação a respeito da desistência para o BRB. O Painel procurou os investidores por meio de sua assessoria de comunicação, que não responderam.
A venda da BRB Financeira foi atingida pelo cenário turbulento vidido pelo banco público. Segundo a área técnica do Banco Central, o BRB teria realizado registros contábeis baseados no contrato da venda da fatia da financeira antes que tivesse sido celebrado, com o objetivo de evitar desenquadramento dos índices de saúde financeira do banco.
Segundo apurou o Painel, a expectativa dos empresários é que a desistência não gere multa, pois a possibilidade de que ocorresse estava prevista em contrato.

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