Crise e perda de espaço
O Carrefour, que já foi líder absoluto no setor de supermercados na Argentina, perdeu espaço para redes locais, como a Coto, que hoje detém 22,3% do mercado, contra 21,1% da rede francesa. Desde a saída da Walmart, em 2020, o segmento vem passando por uma onda de reestruturações. O Carrefour tenta evitar o mesmo destino, mas as ofertas recebidas até agora ficaram abaixo do valor estimado dos ativos.
A venda também segue uma tendência global da empresa, que nos últimos anos se desfez de suas operações na Colômbia (2012) e na China (2019) para focar em regiões com maior estabilidade e retorno financeiro.
A crise argentina pesa na decisão
A possível saída do Carrefour é reflexo direto da instabilidade econômica crônica da Argentina, marcada por inflação elevada, desvalorização da moeda e incertezas políticas que afetam o poder de compra e o consumo. O baixo desempenho das vendas, somado à dificuldade de repassar custos e manter margens, tornou o mercado argentino cada vez menos atrativo.
Nos últimos anos, a operação da rede no país registrou perdas financeiras significativas, o que dificulta a sustentabilidade de longo prazo. Além disso, as mudanças frequentes nas regras de mercado e nas políticas de preços impuseram desafios adicionais ao planejamento e à execução das estratégias da companhia.
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