Gustavo Petro, o presidente da Colômbia, não precisa de inimigos políticos, dadas as numerosas ocasiões em que foi alvo de fogo amigo. Desta vez, o torpedo partiu de seu ex-chanceler Álvaro Leyva, que numa carta endereçada ao presidente e publicada em suas redes sociais, afirma que Petro é viciado em drogas e sumiu, por dois dias, durante uma viagem oficial a Paris, em junho de 2023.
Está armado o cenário para mais uma grave crise política envolvendo o presidente na Colômbia extremamente polarizada. O país terá eleições presidenciais no próximo ano. Enquanto os aliados de Petro defendem o seu direito à privacidade, os adversários exigem que ele seja submetido a testes que comprovem o uso de drogas.
O ex-ministro das Relações Exteriores, de 82 anos, apresenta apenas o testemunho como evidência. De fiel escudeiro de Petro como primeiro ministro a ser nomeado, Leyva deixou o governo em maio do ano passado, no meio de um escândalo de emissão de passaportes. Ele foi suspenso pela Procuradoria-Geral da República pela anulação ilegal num processo de licitação.
Desde então, passou a cutucar o presidente em mensagens cifradas até esta quarta-feira, quando se dirigiu a ele diretamente por carta, protocolada na Presidência, para discorrer sobre frequentes episódios de impontualidade.
Leyva denunciou abuso de poder por parte de Petro e atacou também três funcionários de seu círculo íntimo, por “sequestrar” o presidente: o presidente da Ecopetrol, Ricardo Roa, o chefe de Gabinete, Armando Benedetti, e a atual chanceler, Laura Sarabia. Os dois últimos se enfrentam numa espécie de guerra aberta dentro do governo.
A carta bombástica do ex-chanceler deflagrou a ira de Petro, que correu às redes sociais para contra-atacá-la. O presidente alega que estava na companhia das filhas e das netas, que moram na capital francesa, e que seu vício é o amor por elas. “Paris não tem parques, museus, livrarias mais interessantes do que o escritor, para passar dois dias? Quase tudo em Paris é mais interessante”, argumenta.
Jornalistas que o acompanharam na viagem a Paris, para participar da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, surpreenderam-se quando a visita foi subitamente estendida por mais um dia. A prorrogação foi atribuída a uma reunião do presidente com diretores da empresa Rafale, que não teria ocorrido.
De acordo com o relato atual do ex-ministro, naquele momento Petro estava desaparecido. “Como se a inteligência francesa fosse incompetente o suficiente para não saber do seu paradeiro. Momentos embaraçosos para mim como pessoa e como seu ministro das Relações Exteriores”, conclui Leyva. De crise em crise, Petro está cercado de adversários de toda a espécie.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
6 meses atrás
11
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/J/T/vyTk7IRiGi96KsBecBjg/2025-11-06t165009z-347899773-rc23rhaym2j3-rtrmadp-3-usa-shutdown-air-travel.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/A/y/KXgyKBQKu3Uw9A5hVrAA/2025-10-12t204445z-1053875099-rc2kahap0twc-rtrmadp-3-israel-palestinians-trump-departure.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/T/o/2x5XNSRrajJBBtzqB3yg/2025-05-02t135318z-147461855-rc2390amofn5-rtrmadp-3-travel-usa.jpg)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro