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Datafolha: 9 em 10 eleitores dizem não se arrepender de voto para presidente em 2022

A menos de um ano da eleição de 2026, 9 em cada 10 eleitores dizem não se arrepender do voto para presidente em 2022, segundo a mais recente pesquisa Datafolha.

Entre terça (2) e quinta-feira (4), o instituto ouviu 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em 113 municípios. Do total, 91% disseram não se arrepender de suas escolhas na disputa pela Presidência da República, enquanto 8% se declararam arrependidos —1% não soube dizer.

A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O índice de eleitores convictos é quase o mesmo entre aqueles que votaram no presidente Lula (PT) e no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): 91% e 92%, respectivamente.

Aos entrevistados, foi perguntado se eles se arrependeram, ou não, do voto dado à Presidência da República nas últimas eleições. Os arrependidos declararam maior preferência no PT (4%), contra 1% dos que preferem o PL.

Os números indicam que vasta parcela dos eleitores de Lula, mesmo convicta do voto no petista na eleição passada, não é indiferente ao aumento da dívida pública, à estagnação da taxa de juros em 15% –a mais alta em quase duas décadas–, e às sucessivas derrotas no Congresso Nacional.

Os eleitores arrependidos estão concentrados no Sul (11%) e entre quem recebe até dois salários mínimos (10%). O percentual de não arrependidos é maior entre os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (94%).

Entre aqueles que já declararam seu voto em Lula em 2026, 95% não demonstraram arrependimento por sua escolha na eleição passada.

A pesquisa foi a primeira feita após a prisão em regime fechado de Bolsonaro, no fim de novembro, e em meio à fragmentação política da direita para 2026. Apesar de a maioria da população considerar a punição justa, os dados coletados pela pesquisa indicam que o ex-presidente mantém uma base fiel de eleitores.

No mesmo levantamento, Lula apareceu liderando todos os cenários de intenções de votos para o próximo ano, apesar de sua rejeição ser de 44% —empatado tecnicamente com Bolsonaro, rejeitado por 45% dos eleitores.

Importância das eleições

Os entrevistados pelo Datafolha também foram questionados se a eleição presidencial do próximo ano terá um papel importante, um pouco importante ou nada importante na sua vida e na vida de sua família.

Para 77% deles, a eleição de 2026 terá um papel muito importante; para 14%, um pouco importante, e para 8%, nada importante.

A eleição é mais importante para quem votou em Bolsonaro em 2022 (85%) em relação ao eleitorado que escolheu Lula na ocasião (79%). A temática é tratada como prioridade na faixa etária de 45 a 59 anos (80%) e é vista como nada importante para 12% dos eleitores com mais de 60 anos.

O PL, partido do ex-presidente, colocou como prioridade para 2026 a eleição para o Senado na tentativa de conseguir maioria na Casa e poder pautar o impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em especial Alexandre de Moraes.

A questão tem gerado discordância entre o Senado e a Corte, que busca blindar os ministros com modificações na Lei do Impeachment.

Além disso, o PL também tem promovido massiva campanha para ampliar a quantidade de filiações e diz já ter ultrapassado 1 milhão de filiados, algo visto pelos líderes partidários como uma resposta à prisão de Bolsonaro.

No grupo que dá maior importância às eleições, 80% avaliam o governo Lula como ruim ou péssimo –mesmo percentual de quem o vê como ótimo ou bom. O número é o mesmo de quem avalia o Congresso Nacional como bom ou ótimo, contra 75% que o consideram ruim ou péssimo.

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