6 meses atrás 12

De 'tênis de vovó' à 3ª maior: quem é a Skechers que atraiu a 3G de Lemann

No Brasil, a Skechers começou a operar em 2007 e atualmente tem 15 lojas. A América Latina, junto com a Ásia, é vista como prioridade de crescimento nos próximos anos.

A aquisição é uma aposta no longo prazo. O setor de calçados esportivos vive um momento de atenção geopolítica: os EUA aplicaram tarifas de 46% sobre produtos vietnamitas em abril, em mais um capítulo da guerra comercial com países asiáticos — justamente onde a Skechers fabrica boa parte de seus produtos. Ainda assim, os Estados Unidos continuam sendo seu maior mercado, com 38% das vendas globais.

A compra da Skechers repete uma estratégia já conhecida da 3G: investir em empresas familiares lideradas por fundadores veteranos. Em 2022, o grupo comprou a fabricante de persianas Hunter Douglas em um modelo semelhante. O filho do fundador ficou à frente do negócio, e a família manteve 25% da empresa.

Criada em 2004, a 3G Capital já foi sócia da Kraft Heinz (ao lado de Warren Buffett). A gestora do trio de bilionários também é responsável pela AB InBev (controladora da Ambev) e é acionista da Restaurant Brands International, dona do Burger King. Na Kraft Heinz, a aposta perdeu fôlego com o tempo: desde a fusão em 2015, as ações caíram 33%, e a 3G deixou o negócio em 2023.

O trio também é acionista da Americanas. A varejista entrou em recuperação judicial no início de 2023 após revelar uma fraude contábil bilionária. O caso continua sendo um dos maiores escândalos do setor no Brasil.

Com a entrada na Skechers, a 3G Capital abre sua presença no setor de calçados. Agora pisando em um mercado que deve registrar US$ 503,83 bilhões em tamanho de mercado até 2028, de acordo com pesquisa da Mordor Intelligence.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro