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Deputados aprovam criação da ‘bancada negra’ na Câmara

Política

Grupo terá direito a cinco minutos semanais de fala no plenário e assento no Colégio de Líderes, que toma decisões sobre o rumo das votações na Casa

Bancada Negra De acordo com Brito, 31 deputados se autodeclaram pretos e 91 se identificam com a cor parda | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira 1º, a criação da bancada negra. O grupo terá direito a cinco minutos semanais de fala no plenário e assento no Colégio de Líderes, que, sob a liderança do presidente Arthur Lira (PP-AL), toma as decisões sobre o rumo das votações na Casa.

O único partido contrário à criação da bancada negra foi o Novo. Já o PL liberou seus parlamentares para votar como quisessem, e todas as outras siglas orientaram seus deputados a apoiar o projeto.

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O grupo terá uma coordenação-geral e três vice-coordenadorias, que serão eleitas anualmente, sempre em 20 de novembro, no Dia da Consciência Negra.

Nas redes sociais, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) criticou a decisão. “Sei que para alguns (da esquerda) não sou negro suficiente para falar o que é bom ou ruim, mas comunico ao meu eleitorado que não farei parte da bancada negra”, escreveu o parlamentar, no Twitter/X.

Sei que para alguns (da esquerda) não sou negro o suficiente para falar o que é bom ou ruim, mas comunico ao meu eleitorado que não farei parte da bancada NEGRA! PREFIRO FICAR AO LADO DO POVO BRASILEIRO, que é formado por pardos, brancos, pretos, amarelos e indígenas! Você viu… pic.twitter.com/yFw9IY8o44

— Helio Lopes (@depheliolopes) November 2, 2023

O que diz o relator

De acordo com Brito, 31 deputados se autodeclaram pretos e 91 se identificam com a cor parda. O cálculo é de que a bancada negra corresponde a aproximadamente 24% dos 513 parlamentares da Casa.

O relator do projeto, deputado federal Antonio Brito (PSD), argumentou que a criação da bancada negra é coerente com uma emenda constitucional, aprovada pelo Congresso em 2021. Esta última determinou que os votos dados a candidaturas de mulheres ou negros nas eleições de 2022 a 2030 contarão em dobro para fins de distribuição dos recursos dos fundos eleitoral e partidário entre os partidos.

Leia mais: “O novo racismo”, artigo de J. R. Guzzo publicado na Edição 185 da Revista Oeste

Revista Oeste, com informações da Agência Estado

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