9 meses atrás 12

Derrotado pela oposição, Maduro toma posse pela força bruta e sem legitimidade internacional

Por Sandra Cohen

Especializada em temas internacionais, foi repórter, correspondente e editora de Mundo em 'O Globo'

Regime perpetua o desalinho político na Venezuela, com recrudescimento da repressão e sem perspectivas de pacificação com seus opositores.


Homem caminha a frente de mural com a imagem de Nicolás Maduro em Caracas, na Venezuela — Foto: Federico Parra/AFP

Diosdado Cabello, o número dois do chavismo e agora ministro do Interior, exibiu cartazes com nomes e fotos de sete ex-presidentes do continente com o alerta “Procurado”. Eles serão acusados de invasão e de crimes de conspiração e atos terroristas, se acompanharem González no retorno ao país.

Nos últimos dias, o regime intensificou a repressão e fortificou o país. O genro de González está desaparecido, sequestrado quando levava os dois filhos à escola. O ex-candidato presidencial Enrique Márquez e o jornalista Carlos Correa, que dirige a ONG Espacio Público, encabeçam a mais recente lista de presos.

Ainda assim, o medo não afastou os venezuelanos das ruas para protestar contra esta nova posse de Maduro. A líder María Corina Machado cumpriu o prometido e reapareceu numa das manifestações, em Chacao, após 130 dias na clandestinidade.

“O regime entrou em colapso. Aconteça o que acontecer amanhã, eles acabarão se enterrando. Que ninguém tenha dúvida, o que fizerem, será o fim do regime”, sentenciou María Corina.

Baluartes de Maduro, como o ministro Cabello e o procurador-geral Tarek William Saab, se apressaram a declarar que tudo não passou de uma encenação de opositores. A essa altura do jogo, sem qualquer perspectiva de pacificação no horizonte, a integridade de María Corina Machado e González é também um ativo valioso para o regime.

Oposição e chavismo vão às ruas na Venezuela

Oposição e chavismo vão às ruas na Venezuela

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro