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Desafio para contraturno ainda é cultural, afirma vice-governador

Vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB) fez um breve balanço sobre as obras de preparação nas escolas estaduais para receberem o ensino de tempo integral. Oferta de contraturno em 50% das escolas da educação estadual até 2026 foi a principal promessa de campanha do governo Eduardo Leite (PSDB) na campanha à reeleição. Gabriel avalia que as obras andam dentro do planejado e será possível cumprir a promessa, mas acredita que o desafio ainda é cultural - na tentativa de convencer pais e alunos sobre a importância do contraturno.

Jornal do Comércio - Como o governo avalia o avanço das obras para preparar as escolas de tempo integral para receber o modelo? E como está a percepção da sociedade? Pois a secretária Raquel Teixeira (Educação) apontava que o desafio para o contraturno seria cultural, de os pais entenderem a necessidade.

Gabriel Souza - Ainda é um desafio. Temos maior evasão na escola de tempo integral do que na escola em meio período. Dificuldade de convencer determinadas comunidades escolares, inclusive pais e alunos, da importância de ter o filho na escola o dia todo. Tem também o desafio da infraestrutura, que ainda é um desafio e vai ser pros próximos anos, devido ao acúmulo de décadas sem investimentos. Mas aumentamos significativamente o número de escolas, de 1% para 10% esse ano, e vamos a 18% ano que vem. Vamos buscar atingir a meta de 50% até 2026.

JC - Avalia que alcançar essa meta?

Gabriel - Por hora, está dentro do planejado. Provavelmente iremos a 27% em 2025 e daí 50% em 2026. Mas a sociedade precisa entender a importância. Se não, não adianta o governo oferecer e até eventualmente forçar, no sentido de priorizar o debate, se não tiver reciprocidade.

JC - O governo avançou em alguns índices na educação, mas a evasão escolar persiste. Como corrigir esse problema?

Gabriel - Diminuímos a evasão na faixa de renda de pobreza e baixa renda com o Todo Jovem na Escola, que diminuiu meio ponto percentual na evasão do público alvo desse programa. Porém, ainda é insuficiente porque nossa taxa é muito alta, acima da média nacional. Criamos então o Todo Jovem na Escola 2.0, já foi anunciado, que é um programa totalmente novo que vai pagar quatro benefícios, além da bolsa que já é paga. Vai pagar escalonadamente - ou seja, quanto menor a renda, maior o valor da bolsa. E vamos pagar poupança para o jovem que passar de ano e ainda um prêmio engajamento no terceiro ano do Ensino Médio. E também o auxílio material escolar.

JC - Como a Assembleia pode auxiliar o objetivo do governo de melhorar a educação no Rio Grande do Sul?

Gabriel Souza - É fundamental a presença da Assembleia e o protagonismo que o presidente Vilmar Zanchin está dando ao tema. Ajuda muito em várias frentes, mas em especial disseminando na sociedade esse tema, a reflexão dos gaúchos sobre a importância. Todo gaúcho têm responsabilidade. Claro que as tarefas fundamentais são muito explícitas e claras, temos todo entendimento nesse sentido. Mas as sociedades que conseguiram resultados muito bons na educação só aconteceram em virtude do engajamento da sociedade como um todo.

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