O Melissa tocou o solo jamaicano como um furacão de categoria 5 e com ventos de 300 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês). Quatro pessoas morreram, segundo o governo jamaicano.
O furacão Melissa se tornou a "tempestade do século" na Jamaica e foi um dos furacões mais fortes já registrados na história do Oceano Atlântico, segundo meteorologistas da Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e do NHC.
Veja também abaixo imagens de antes e depois da passagem do furacão Melissa que mostram o estrago causado em algumas regiões do sudoeste e noroeste jamaicanos.
Depois de passar pela Jamaica, o furacão foi perdendo força gradualmente e atingiu Cuba, como um furacão de categoria 3, e outras ilhas do Caribe como as Bahamas (leia mais abaixo). O Melissa deixou pelo menos 30 mortos na região até a última atualização desta reportagem — 25 no Haiti, quatro na Jamaica e um na República Dominicana.
Agora, a Jamaica começou a etapa de limpeza e busca desaparecidos. O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, sobrevoou e também visitou áreas afetadas pelo furacão.
O governo do país disse na quarta-feira que quatro pessoas morreram, três delas em tempestades prévias à chegada do olho do Melissa. Esse número ainda pode aumentar conforme autoridades locais acudem as regiões mais afetadas.
“Os relatos que recebemos até agora incluem danos a hospitais, danos significativos a propriedades residenciais, moradias e também a propriedades comerciais, além de danos à nossa infraestrutura viária”, disse Holness em entrevista à rede americana "CNN".
Imóveis destruídos e danificados na região de Santa Elizabeth, no sudoeste da Jamaica, após a passagem do furacão Melissa em 28 de outubro de 2025. — Foto: AFP
Por conta dos ventos considerados "catastróficos" de 295 km/h, que em algumas regiões poderiam ultrapassar os 300 km/h, o NHC chegou a emitir alertas extremos à população jamaicana, como este: "ESTA É UMA SITUAÇÃO EXTREMAMENTE PERIGOSA E COM RISCO DE VIDA! PROTEJA-SE AGORA!"
Mais de 500 mil moradores do sudoeste da ilha ficaram sem energia elétrica, e a região de Santa Elizabeth (que aparece no vídeo no início da reportagem) ficou “debaixo d’água”, segundo autoridades do governo jamaicano.
A Cruz Vermelha estimou que a passagem do Melissa na Jamaica afetaria ao menos 1,5 milhão de pessoas —metade da população da ilha.
Imagem aérea mostra casas destruídas pelo furacão Melissa na Jamaica em 29 de outubro de 2025. — Foto: REUTERS/Maria Alejandra Cardona
O presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, disse nesta quarta-feira que a passagem do furacão Melissa pela ilha causou "danos extensos", e que “foi uma madrugada muito difícil” —eram 4h no local quando o olho do furacão chegou à ilha, porém tempestades prévias causaram estragos desde a noite de terça. Diaz-Canel pediu para a população permanecer em seus abrigos. O fenômeno também causou inundações em ruas e casas.
Cerca de 735 mil pessoas foram evacuadas para abrigos em Cuba, segundo autoridades locais. Um alerta de furacão estava em vigor para as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo, Holguín e Las Tunas.
As previsões indicavam que Melissa cruzaria a ilha durante a manhã e avançaria em direção às Bahamas ainda nesta quarta (29). A chuva intensa contínua pode causar enchentes catastróficas e deslizamentos de terra, alertaram meteorologistas norte-americanos. Um alerta de furacão também estava em vigor para Bermudas.
Enquanto Cuba se preparava para a tempestade, as autoridades jamaicanas se preparavam para se mobilizar na quarta-feira e avaliar os danos. — Foto: Norlys Perez/Reuters
A tempestade deverá gerar uma maré de tempestade de até 3,6 metros na região e despejar até 51 centímetros de chuva em partes do leste de Cuba.
“Haverá muito trabalho a fazer. Sabemos que haverá muitos danos”, disse o presidente cubano Miguel Díaz-Canel em um pronunciamento televisionado, no qual garantiu que “ninguém será deixado para trás e nenhum recurso será poupado para proteger a vida da população”.
Ao mesmo tempo, ele pediu para a população não subestimar o poder de Melissa e o chamou de "o furacão mais forte a atingir o território nacional".
Em Guantánamo, no extremo leste, até Camagüey, quase no centro da alongada Cuba, já haviam suspendido as aulas na segunda-feira.
Enquanto Cuba se preparava para a tempestade, as autoridades jamaicanas se preparavam para se mobilizar na quarta-feira e avaliar os danos.
O furacão Melissa tocando o solo da Jamaica — Foto: NOAA / Centro Nacional de Furacões dos EUA
O furacão deve atingir Cuba ainda nesta terça, poucas horas após a chegada à Jamaica.
Furacão Melissa se aproxima da Jamaica — Foto: Reuters e AFP
O governo jamaicano preparou o país para receber o furacão Melissa, emitiu ordens de evacuação obrigatória para diversas regiões do país, incluindo a capital Kingston, e alertou para danos catastróficos na ilha. Cerca de 900 abrigos foram disponibilizados à população. Cuba também já começou a evacuar parte de sua população.
"Não existe infraestrutura na região capaz de suportar um furacão de categoria 5. A questão agora é a velocidade de recuperação. Esse é o desafio", disse o primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que esta será a "tempestade do século" na Jamaica e estima que o Melissa pode trazer rajadas de vento que ultrapassam os 300 km/h, com inundações repentinas e deslizamentos de terra.
Deslizamentos de terra, quedas de árvores e numerosos apagões foram registrados na Jamaica antes mesmo da chegada da tempestade, e autoridades da ilha alertaram que a limpeza e a avaliação dos danos serão lentas. Uma maré de tempestade com risco para a vida, de até 4 metros de altura, é esperada no sul da Jamaica, e autoridades estão preocupadas com o impacto em alguns hospitais na costa.

'Caçadores de Furacão' sobrevoam olho do ciclone tropical Melissa, no Caribe
O ministro da Saúde, Christopher Tufton, disse que alguns pacientes foram transferidos do térreo para o segundo andar, “e (nós) esperamos que isso seja suficiente para qualquer elevação do nível do mar que vier a ocorrer”.
A tempestade já foi responsável por causar um total de sete mortes no Caribe, incluindo três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana, onde outra pessoa segue desaparecida.
Jamaica se prepara para danos catastróficos
Nuvens sobre o céu de Kingston, capital da Jamaica, em meio à aproximação do furacão Melissa, em 26 de outubro de 2025. — Foto: AP Photo/Matias Delacroix
"Hoje será muito difícil para dezenas de milhares, se não milhões de pessoas na Jamaica. Telhados serão postos à prova, as enchentes vão subir, e o isolamento se tornará uma dura realidade para muitos", disse Necephor Mghendi, oficial do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, nesta terça.
“Vamos superar isso juntos”, disse Evan Thompson, diretor principal do serviço meteorológico da Jamaica.
Colin Bogle, assessor da Mercy Corps que atua próximo a Kingston, disse que a maioria das famílias está se abrigando em casa apesar das ordens de evacuação emitidas pelo governo para comunidades em áreas sujeitas a inundações.
“Muitos nunca passaram por nada parecido, e a incerteza é assustadora”, disse ele. “Há um medo profundo de perder casas e meios de subsistência, de se ferir e de ficar deslocado.”
O ministro de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Jamaica, Matthew Samuda, disse que tinha mais de 50 geradores prontos para serem deslocados após a tempestade, mas alertou para que as pessoas reservem água potável e a utilizem com moderação. “Cada gota vai contar”, disse ele.
Melissa também deve tocar o solo no leste de Cuba ainda na noite de terça-feira como um furacão poderoso.
Um alerta de furacão estava em vigor para as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín, enquanto um alerta de tempestade tropical estava em vigor para Las Tunas. Estão previstos até 51 centímetros de chuva em partes de Cuba, além de uma forte maré de tempestade ao longo da costa.
Autoridades cubanas disseram na segunda-feira que estavam evacuando mais de 600 mil pessoas da região, incluindo Santiago, a segunda maior cidade da ilha.
Melissa também já provocou fortes chuvas nas regiões sul do Haiti e da República Dominicana, e um alerta de tempestade tropical ainda está em vigor para o Haiti.
A previsão indica que o furacão deve virar para nordeste após passar por Cuba e atingir o sudeste das Bahamas até a noite de quarta-feira.
Um alerta de furacão estava em vigor para as Bahamas centrais e sudeste, e um alerta de tempestade tropical foi emitido para Turks e Caicos.
Imagem de satélite mostra furacão Melissa, de categoria 5, sobre o mar do Caribe em 26 de outubro de 2025. — Foto: RAMMB/CIRA handout via AFP
Furacão Melissa destruiu centenas de casas na região sudeste da Jamaica entre 28 e 29 de outubro de 2025. — Foto: Divulgação/Governo da Jamaica

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