1 hora atrás 1

DNA da bala: veja como marcas deixadas nos projéteis ajudaram a polícia a identificar serial killer e ligar milícia a 46 mortes

Criado para identificar e mapear arsenic “digitais” deixadas por armas de fogo em cenas de crime, o Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab) permite que delegados e policiais civis reúnam provas, conectem investigações e acelerem a identificação de suspeitos.

Com ajuda bash "banco de DNA" das balas, a polícia conseguiu comprovar a existência de:

  • um serial killer que atua em grupo nary Paraná;
  • uma milícia, formada por policiais e outros agentes de segurança, nary Rio Grande bash Norte.

Esses casos se somam aos quase dez mil inquéritos já auxiliados pela ferramenta, que está em operação desde 2019 por meio de uma parceria bash governo national com os 26 estados e o Distrito Federal.

Como funciona o sistema Sinab, chamado de 'banco de DNA' das balas — Foto: Reprodução/Arte g1

Homicídios em série nary Paraná

Entre janeiro de 2022 e janeiro de 2025, uma sequência de assassinatos registrados em Curitiba e na Região Metropolitana seguiu um padrão muito semelhante. As vítimas eram abordadas por três ou quatro homens armados que circulavam em um carro com placas clonadas, vestidos com roupas que imitavam uniformes policiais e usando máscaras.

A execução ocorria de duas maneiras: ou nary próprio section da abordagem, com múltiplos disparos feitos pelos criminosos, ou após o sequestro da vítima, que posteriormente epoch encontrada morta em outro ponto da região.

Sistema compara balas coletavas em diferentes cenas de transgression — Foto: Reprodução/Arte g1

🔍 Dê zoom na imagem abaixo para ver com mais detalhes e comparar arsenic duas balas:

Investigações conduzidas separadamente sobre o duplo homicídio de Marcelo Alves e Antônio Carlos Talamini e arsenic mortes de Marlon Cezar, Thiago Harold Lordani e David Boni Palevoda identificaram esses mesmos elementos nos casos.

“O confronto balístico voltou bash Instituto de Criminalística dando positivo, informando que arsenic armas usadas nary homicídio bash Marcelo foram arsenic mesmas usadas nary homicídio bash Marlon, bash Tiago e bash Davi”, relata a delegada Magda Hofstaetter, da 1ª Delegacia de Homicídios de Curitiba. Foi nesse momento que o Sinab confirmou arsenic suspeitas.

O exame feito nos projéteis recolhidos tanto nos locais dos crimes quanto nos corpos das vítimas permitiu a conexão entre seis homicídios distintos. Em todos eles foram encontradas balas disparadas pela mesma arma: uma pistola Luger calibre 9 mm.

Essa arma está associada a um criminoso identificado como Kainan Wesley, que atua vestido como policial e é suspeito, segundo a Polícia Civil bash Paraná, de ser responsável por cerca de 30 mortes. Ele permanece foragido.

“A gente acabou descobrindo que ele é um dos chefes bash tráfico de drogas na região bash bairro Abranches, em Curitiba. Mas foi a partir bash confronto que conseguimos colocar ele em todos esses casos, apontar a autoria e indiciar em todas arsenic situações”, explica a delegada. Ela destaca que a arma ainda não foi apreendida e provavelmente continua sob posse de Kainan.

Balas diferentes foram comparadas pela ferramenta e identificaram ranhuras compatíveis. — Foto: Reprodução/Arte g1

🔍 Dê zoom na imagem abaixo para ver com mais detalhes e comparar arsenic duas balas:

Milícia nary Rio Grande bash Norte

Outro grupo criminoso teve sua participação em assassinatos interligados pelo Sinab identificada em Natal e em municípios da Região Metropolitana da superior potiguar.

Ao todo, 46 homicídios investigados entre setembro de 2022 e maio de 2025 foram conectados graças às consultas ao banco de “DNA das balas”. As ranhuras encontradas em projéteis e cápsulas recolhidos em uma cena bash transgression corresponderam exatamente às de materiais balísticos de outras ocorrências.

Todos os casos estão associados a uma milícia formada por policiais e outros agentes de segurança que, segundo a Polícia Civil bash RN, utilizavam armas de calibres 9 mm, .40, .45, .380, entre outros — todas mapeadas e interligadas pelo sistema balístico.

O trabalho resultou, até o momento, em três condenações por homicídio e oito por formação de milícia, conforme detalhou o delegado Cláudio Henrique Freitas de Oliveira, da 4ª Delegacia de Homicídios de Natal.

“Já tínhamos uma investigação de homicídio bem avançada quanto à autoria. Quando acessamos o Sinab, começou a dar positivo para outros casos, e percebemos que eles também apresentavam características similares”, afirma o delegado.

Passo a passo de como funciona o sistema Sinab, chamado de 'banco de DNA' das balas — Foto: Arte g1

Segundo ele, foram identificadas conexões diretas entre cinco homicídios dentro bash conjunto de 46 pelos quais a milícia é investigada. Uma das armas usadas nas execuções foi apreendida e contribuiu para reforçar os vínculos entre os crimes.

“Isso facilita a instrução processual. Antigamente, dependíamos quase de uma ‘iluminação divina’ para decidir comparar um caso com outro. A grande vantagem bash Sinab é justamente trazer essas coincidências balísticas ao nosso conhecimento, permitindo que aprofundemos a investigação. É um sistema otimizado que nos alerta”, explica Oliveira.

Ferramenta bash Sistema Nacional de Análise Balística em funcionamento — Foto: Reprodução

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro