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Dólar cai 14% em 2025 e tendência é de queda maior, dizem analistas

Aplicações de renda fixa nos EUA ficam menos atrativas e investidores estrangeiros buscam mercados emergentes como o Brasil. Mercado espera outros dois cortes de juros nos EUA, o que deve favorecer a desvalorização do dólar. Como as aplicações de renda fixa no mercado norte-americano ficam menos atraentes com os juros menores, os investidores estrangeiros passam a procurar outras alternativas, aceitando correr mais risco, explica Matheus Nascimento, analista de crédito na Oby Capital. Para comprar ações de empresas brasileiras na B3, por exemplo, esses investidores precisam trocar seus dólares por reais, o que derruba as cotações da moeda por aqui.

Política econômica do presidente Donald Trump também contribui para a desvalorização. A agenda econômica de Donald Trump e os ruídos e incertezas por ela criados, como na questão das tarifas comerciais, enfraquecem o dólar no cenário internacional. O republicano acredita que a culpa do déficit comercial dos EUA é do dólar excessivamente forte.

Donald Trump vem defendendo uma política de enfraquecimento do dólar para aumentar a competitividade dos Estados Unidos. Esse movimento pode realmente pressionar a moeda para baixo. Somado a isso, a queda de juros nos EUA tende a direcionar investidores para países emergentes em busca de maiores retornos. Com mais dólares circulando aqui no Brasil, a tendência é de desvalorização adicional da moeda americana frente ao real.
Cristiano Leal, profissional de finanças e especialista em investimentos

O dólar caiu diante de quase todas as principais moedas do mundo nos nove primeiros meses do governo Trump. Dados da consultoria Elos Ayta mostram que a moeda norte-americana perdeu força em 24 das 27 grandes economias do mundo, com destaque para o rublo da Rússia: recuo de 33,99%. Na zona do euro a queda também chega a 12,94%, pouco acima da valorização do peso mexicano, de 11,42%.

Vai cair mais?

Analistas projetam que a moeda americana pode cair ainda mais. Relatório do BTG Pactual vê espaço para o dólar chegar à faixa dos R$ 4,60 no médio prazo. Já o boletim Focus do Banco Central estima R$ 5,50 ao final de 2025 e R$ 5,60 em 2026. "É difícil cravar um número, mas a tendência é de queda", avalia Matheus Nascimento, da Oby Capital. Para o economista Bruno Mori, a Selic elevada deve continuar sustentando o real. "A tendência é de estabilidade no curto prazo, mas há espaço para mais valorização do real".

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