A Bolsa de Valores de São Paulo operava em baixa de 1,50%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subiu para 122.828 pontos.
A preocupação de que o pacote de corte de gastos — considerado fraco pelos investidores — possa ser ainda mais desidratado no Congresso faz o real se desvalorizar. O BC já colocou no mercado US$ 7 bilhões em três leilões de linha, que representam a venda de moeda com compromisso de recompra, e outros US$ 5,76 bilhões por meio de quatro leilões à vista.
O BC tem mapeado diariamente com os operadores de câmbio a previsão de saída de dólares do país. Os leilões pontuais têm servido para garantir a liquidez, oferecendo moeda conforme a demanda, diante de um fluxo de saída significativo. As remessas de dividendos ao exterior ainda nesta semana por multinacionais, antes das festas de fim de ano, também agravam a situação.
Na noite desta terça-feira (17), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do primeiro projeto do pacote de cortes. O projeto de lei complementar relatado pelo deputado Átila Lira (PP-PI) cria "reforços" ao arcabouço fiscal, prevendo disparo de novos gatilhos para congelamento de gastos em caso de piora das contas públicas, além de permitir que o governo possa bloquear até 15% das emendas parlamentares.
Foram 318 votos a favor (eram necessários 257) e 149 votos contrários. Os deputados rejeitaram três destaques (sugestões de mudanças ao texto principal) e deixaram outros três para serem analisados nesta quarta-feira (18). Concluída a votação, o texto seguirá para a análise do Senado Federal.
Uma das medidas proposta pela equipe econômica, contudo, caiu: a que limitava a restituição de créditos tributários pelas empresas. A proposta enfrentava forte resistência entre vários setores da economia, além de ter integrado uma MP (Medida Provisória) editada pelo governo em junho e que foi devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
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