Dólar sobe e beira R$ 5,50 e Bolsa cai com política e juros no radar

Mercado faz apostas para decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Profissionais sustentam ainda que a cautela prevalece ao longo das operações no mercado de câmbio hoje por causa dos encontros de política monetária por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e do Banco Central do Brasil. Amanhã, os dois órgãos anunciam as decisões.

Maioria espera corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed. Apesar da inflação ainda resiliente nos Estados Unidos, a expectativa predominante entre economistas e investidores é a de que a taxa básica de juros americana seja cortada da atual faixa entre 3,75% e 4% para o intervalo entre 3,5% e 3,75%, segundo a plataforma de monitoramento FedWatch, da CME.

Bolsa abre pregão em baixa. O Ibovespa, principal índice de ações da B3, abriu a sessão desta terça-feira com variação negativa de 0,58%, a 157.271, influenciada pela cautela dos investidores com política monetária no Brasil e Estados Unidos e ainda com o ambiente político doméstico.

Mais cedo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que disse ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na prisão, que sua pré-candidatura à Presidência da República é irreversível e que Bolsonaro o apoiou na decisão. A circulação dessa informação coincide com o momento em que o Ibovespa amplia a tendência de baixa, chegando a recuar 1,17%, às 10h25, para 156.328 pontos.

Mercado de ações também monitora reunião do Banco Central do Brasil. Além do ambiente político, por aqui, a expectativa quase unânime é de manutenção da taxa básica Selic nos atuais 15% ao ano, patamar mais elevado desde 2006. Prevalece a aposta de que o BC só deve começar a cortar os juros brasileiros no primeiro trimestre de 2026.

Cortes de juros são bem recebidos por investidores das Bolsas. A redução do custo do dinheiro estimula o crescimento econômico e, portanto, apoia as perspectivas de lucro das empresas.