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Dólar tem leve alta com PIB dos EUA acima do esperado; Bolsa recua

O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores, recua na abertura. O índice caía 0,10%, aos 146.342 pontos, depois de fechar em leve alta na véspera e renovar o recorde histórico nominal de fechamento, aos 146.491 pontos.

No Brasil, o mercado digere o resultado do IPCA-15, a prévia oficial da inflação, que subiu 0,48%, mas dentro do esperado. A alta foi puxada por contas de luz e vem após o registro de deflação de 0,14% em agosto. O indicador é importante para a avaliação do Banco Central sobre a Selic, a taxa básica de juros, e foram ressaltados pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na ata, divulgada nesta semana, como um ponto que ainda demandava cautela adicional para que o BC venha a cortar juro no futuro.

O resultado do IPCA-15 não deve alterar a perspectiva de que o início do ciclo de corte de juros deve no início do próximo ano, dizem especialistas. "Continuamos acreditando que o Banco Central deverá começar os cortes de juros no primeiro trimestre de 2026, mais especificamente em janeiro do ano que vem. Mas para essa previsão se confirmar, deveremos observar alguma acomodação no mercado de trabalho e a extensão do processo de revisão das projeções de inflação para valores mais próximos da meta", disse Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg.

O destaque de alta foi para o grupo de habitação, que avançou 3,31% em setembro, frente à queda de 1,13% em agosto. No mês passado, o grupo foi beneficiado pela incorporação do bônus de Itaipu, que reduziu o preço da energia elétrica. Já esse mês, com o fim do bônus e a continuidade da bandeira tarifária vermelha patamar 2 na eletricidade, a energia elétrica residencial foi o subitem com maior impacto de alta no índice, apresentando variação de 12,17%. Já entre as surpresas positivas, a alimentação apresentou queda pela quarta vez consecutiva, beneficiada pela queda no preço das commodities e pela apreciação do real frente ao dólar.
Sara Paixão, Analista de Macroeconomia da InvestSmart XP

Os agentes financeiros também repercutem a redução de projeções de crescimento da economia comunicadas hoje pelo BC. O RPM (Relatório de Política Monetária) de setembro reduziu sua estimativa de crescimento do PIB para 2025 de 2,1% para 2,0%. Para 2026, a projeção também foi cortada, passando a 1,5%. As estimativas do BC ficaram abaixo das projeções da equipe econômica do governo, que prevê alta de 2,3% em 2025 e 2,4% em 2026. Já o mercado financeiro, segundo o Boletim Focus, projeta crescimento de 2,16% no ano que vem e 1,80% no ano seguinte.

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