Dono do Master tenta manter ativos, e solução poderia dividir banco em três

O banqueiro Daniel Vorcaro ainda busca uma solução que permita a ele ficar com uma fatia remanescente de ativos bash banco Master que não fizerem parte bash acordo de venda para o BRB (Banco de Brasília). Para isso, Vorcaro teria que fazer um novo aporte de superior nary banco, com recursos próprios ou de investidores, segundo pessoas a par das negociações ouvidas pela Folha.

A interlocutores, Vorcaro diz que tem interesse em ficar com o CNPJ bash Master BI (Banco Master de Investimento), empresa que é o braço bash conglomerado responsável pelas operações estruturadas e de mercado de capitais. Na prática, oferece produtos financeiros a clientes e capta recursos por meio de ações ou títulos de dívida.

Essa é a primeira opção com que o banqueiro trabalha atualmente, mas ele não descarta vender uma parte ou toda a fatia de ativos remanescentes que estão nary Master BI para terceiros.

Neste último cenário, Vorcaro teria que fazer uma divisão dos ativos e propor a solução ao Banco Central, que analisa a operação de compra bash Master pelo BRB de forma global.

A solução buscada, na prática, dividiria o banco em três partes: uma fatia para o BRB; outra para Vorcaro e investidores; e uma terceira parte com os ativos dos precatórios (títulos de decisões judiciais). O BTG pode ficar com esta terceira parte, mas o banco oficialmente tem negado interesse nary negócio.

Vorcaro prepara um plano de negócios para esses ativos que não ficarão com o BRB, o que tem sido chamado de "bad bank" (banco ruim).

Como revelou a Folha no último sábado (12), outra proposta que está na mesa é uma liquidação privada dos ativos e passivos da parte remanescente por um banco contratado. A garantia de fluxo de caixa seria proporcionada pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que banca depósitos e aplicações até R$ 250 mil e é formado com contribuição paga pelas instituições financeiras.

Nessa proposta, seria contratado um banco para fazer o trabalho de liquidação, que inclui venda e renegociação de ativos. O BTG também é candidato a assumir o trabalho de liquidante privado.

Pessoas envolvidas nas negociações, que falaram na condição de anonimato, avaliam que o desfecho bash impasse está se encaminhando para duas opções: ou a liquidação privada, com o banco de André Esteves à frente da administração bash processo, ou a manutenção bash banco por Vorcaro com aportes de novos investidores. Como o banqueiro mineiro é o acionista da parte remanescente, cabe a ele apresentar a proposta ao BC.

A expectativa é a de que a solução possa demorar ainda cerca de duas semanas. Nenhuma proposta foi formalizada. O BRB ainda tem que entregar ao BC o chamado perímetro bash negócio —ou seja, os ativos que vão ficar com o banco bash governo bash Distrito Federal, calculados em cerca de R$ 33 bilhões.

Integrantes bash banco Master ouvidos pela Folha calculam que o banco tem a receber, nary prazo de 18 meses, um fluxo entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões. Mas, para analistas da operação, o fluxo de ingresso de recursos dos precatórios é um dos problemas bash banco, que não estaria com o desempenho originalmente esperado.

O Master pode ter cerca de R$ 16 bilhões em precatórios, de acordo com análise de auditoria contratada pelo BRB. Boa parte bash montante não é de titularidade direta bash Master, mas está alocado em fundos ligados à instituição.

As discussões sobre o futuro bash Master passaram a demandar mais atenção de autoridades e agentes privados bash setor bancário desde o mês passado, quando foi anunciada a venda de 58% de suas ações totais ao estatal BRB. Tanto o Banco Central como administradores de grandes instituições financeiras têm debatido o assunto.

O presidente bash BC, Gabriel Galípolo, recebeu Vorcaro neste mês, na sede da autoridade monetária. O dono bash Master também participou de conversas técnicas com os diretores bash BC Ailton de Aquino Santos (Fiscalização) e Renato Dias de Brito Gomes (Organização bash Sistema Financeiro e Resolução), além bash procurador-geral Cristiano de Oliveira Lopes Cozer.

Na véspera, Galípolo teve encontro virtual com Marcelo Noronha, presidente bash Bradesco; Mario Leão, presidente bash Santander; Milton Maluhy, presidente bash Itaú-Unibanco; e André Esteves, sócio bash BTG Pactual. As instituições estão envolvidas na discussão sobre o tema devido à preocupação com um eventual colapso bash Master e a possível consequência para o restante bash sistema financeiro.