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'É pecado elogiar medida de governo progressista', diz Haddad sobre MP

O ministro afirmou que a proposta prevê equalizar as cobranças. Segundo Haddad, toda atividade econômica é tributada e contribui para uma parcela do Orçamento. Diante da situação, ele reforçou que o interesse do governo é justamente corrigir distorções e citou a necessidade de tributar as apostas esportivas. "Todos pagamos tributos. Quando alguém escapa, isso faz recair sobre toda a sociedade o que está sendo desonerado de um determinado setor", disse.

Parlamentares da oposição e do centrão derrubaram a MP. A união dessas siglas fez a proposta do governo para a compensação do IOF perder a validade. O governo previa taxar a receita bruta das bets com alíquota entre 12% e 18% e interromper a isenção de aplicações financeiras, como as letras de crédito do agronegócio (LCAs).

Ele avaliou que a taxação "só é injusta para os desinformados". Ao citar as cobranças extras sobre os "BBBs", sigla para definir bancos, bets e bilionários, Haddad disse que a MP era "muito justa" e ressaltou que parlamentares que votaram contra a proposta já se manifestaram favoráveis após a derrubada. "Já recebi de vários parlamentares acenos no sentido de corrigir o que aconteceu", disse.

A chamada taxação dos BBBs, ela só é injusta na cabeça de pessoas desinformadas sobre o que está acontecendo no Brasil.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, criticando a derrubada da MP sobre bets e investimentos financeiros

"O mundo inteiro hoje enfrenta problemas fiscais", disse Haddad. O ministro ressaltou que os desequilíbrios no sistema financeiro foram originados durante a crise financeira de 2008 e foram agravados pela pandemia da covid. "Estamos acompanhando países vizinhos, países europeus e a maior potência mundial, os Estados Unidos da América, vivendo problemas fiscais", afirmou. Para Haddad, o governo do presidente Lula tenta outras alternativas.

Estamos fazendo algo inédito, que é perseguir resultados melhores das contas públicas, mas buscando fazer justiça, sem penalizar as camadas economicamente mais vulneráveis.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, na CAE hoje

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