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ECB Holding SA prevê ampliar ligação aérea entre Interior e Capital

Vencedora do leilão de concessão dos aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo através de parceria público-privada (PPP), ECB Holding SA, do empresário passo-fundense Erasmo Battistella, deve assinar o contrato em janeiro de 2026. Para a operação, o empresário deve lançar mão de outras duas empresas de sua propriedade: a fabricante de biocombustíveis Be8 e a CI8, construtora recém-lançada.

A meta da empresa é  usar o biocombustível BeVant, criado e patenteado pela Be8, nas operações terrestres dos aeroportos. Já as obras de ampliação e modernização dos aeroportos deverão ser feitas pela CI8.

Em entrevista ao Jornal do Comércio, Battistella falou dos projetos para os terminais e, também, da parceria que firmou com a francesa Egis, que hoje opera o Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle e outros terminais aeroportuários ao redor do mundo. 

Jornal do Comércio - Qual a previsão para as obras de ampliação? Há alguma prioridade entre os dois aeroportos?

Erasmo Carlos Battistella – Existe um trâmite legal, que deve levar entre três ou quatro meses para, daí, podermos assumir os aeroportos. Não temos prioridade nem por um, nem por outro. Temos um cronograma já pré-definido no edital de melhorias que temos que fazer, e vamos implementar nos dois aeroportos. É claro que, algumas coisas mais fáceis e que exigem menos tempo serão feitas, outras, um pouco mais de tempo, mas nosso objetivo é implementar as melhorias nos dois aeroportos juntos.

JC – Quais as principais obras?

Batistella - No de Passo Fundo, tem uma série de melhorias, como, por exemplo, uma das mais importantes é o terminal de passageiros. O aeroporto está com uma movimentação importante de passageiros e o terminal está pequeno. Em Santo Ângelo, por exemplo, tem o pátio para aeronaves, tem o terminal de passageiros, enfim, tem uma série de melhorias que devemos implementar ao longo dos próximos anos, e, ao mesmo tempo, mantendo os aeroportos operando.

JC - Existe demanda para ampliação de voos nos dois terminais?

Battistella - Olha, efetivamente, esse é um tema que precisamos trabalhar. Acreditamos que tem demanda de passageiros. Então, as melhorias no aeroporto, na administração do aeroporto de forma privada, devem gerar mais demandas e novos voos. Mas esse também é algo que vai acontecer com o passar do tempo. Não imagino que, já nos primeiros meses, a gente consiga fazer todas as melhorias para poder atrair (maior movimentação). Nosso foco muito grande é fazer a qualificação do aeroporto dentro de toda a especificação que está no edital para melhorar o serviço ao usuário. Esse é o foco e é o que vamos implementar no nosso trabalho.

JC – Seriam voos comerciais e também de carga?

Battistella – Sim, voos comerciais, executivos, e, também, os voos de carga, que vamos tentar implementar. Obviamente, vamos trabalhar com companhias aéreas para buscar a ligação através de Passo Fundo, por exemplo, e de Santo Ângelo com a Capital. Hoje não temos esses voos, e há uma demanda muito grande das comunidades, dos municípios da região, para que tenhamos essa ligação por voo com Porto Alegre. É uma demanda que vem muito forte na região e que vamos trabalhar para ver se conseguimos fazer essa entrega para as comunidades.

JC – Seria, principalmente, para Porto Alegre, ou para alguma outra cidade?

Battistella - Com certeza, principalmente Porto Alegre, que é a capital do nosso estado.

JC – O sr também está lançando uma construtora. Qual é o foco da empresa?

Battistella – Temos este outro segmento que estamos atuando agora, que é a Construção Civil. Temos um grande empreendimento em Passo Fundo, que é o Icon e o ECB. Nossa construtora vai ser a responsável pela execução desses projetos. E ela também poderá, em um futuro próximo, ser a própria executora das obras de melhoria dos aeroportos, além de outros investimentos que iremos fazer nos próximos anos.

 JC – Como funcionará a parceria com a Egis, que opera no Charles de Gaulle de Paris?

Battistella - Sempre que fazemos um movimento de entrar em uma atividade econômica nova, buscamos parceiros que tenham experiência. Era, inclusive, uma exigência do edital, que tivéssemos um consórcio com uma empresa com capacidade e com conhecimento na operação aeroportuária. Fizemos uma investida para encontrar um parceiro no mercado, e gostamos muito da proposta de trabalho da Egis. O que eles estão fazendo em vários países na área de aeroporto nos ajudará muito a fazer uma boa gestão dessa concessão. É um consórcio técnico, em que eles vão nos dar todo o suporte técnico e de engenharia.

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