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Economia desacelera antes de BC voltar a decidir sobre juros

Os números mais fracos do varejo vêm principalmente de segmentos sensíveis ao crédito, que são impactados pela Selic em patamar elevado, como veículos, materiais de construção, móveis e eletrodomésticos.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank

Serviços ainda resistem graças ao mercado de trabalho. Segundo o IBGE, o setor que inclui atividades como transportes, educação e saúde, entre outras, manteve em agosto a mesma taxa de crescimento dentro de 2025, de 2,6%, e até melhorou marginalmente o desempenho em 12 meses, de 2,9% para 3,1%. Como os serviços dependem mais da renda do trabalhador (e menos do crédito), o emprego elevado ajuda a manter firme a demanda nesse setor.

Taxa de desemprego do Brasil de 5,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo o IBGE é a menor taxa da série histórica da Pnad A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada desde 2012, mostra ainda que a remuneração dos trabalhadores é a maior da história para o mês, um valor médio ajustado de R$ 3.488 no trimestre entre junho e agosto.

Mercado de trabalho demora mais para reagir à desaceleração econômica. Para o economista chefe da XP, Caio Megale, os indicadores de emprego e renda reagem de forma mais lenta à política monetária que outras áreas, como crédito e investimentos das empresas.

Apostas para juros

Mercado projeta manutenção da taxa básica de juros até primeiro trimestre de 2026. Para economistas, o Banco Central vai aguardar pelo menos mais um trimestre antes de começar a cortar a Selic. Por isso, a aposta predominante é a de manutenção da taxa em 15% até janeiro, entre os mais otimistas, ou até março, entre os mais conservadores. Além do desaquecimento da economia apurado pelos indicadores econômicos, o órgão deve aguardar ainda redução dos índices de preços e das expectativas de inflação para começar o afrouxamento monetário.

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