© Reuters. Economistas criticam esfriamento de adesão do Brasil à OCDE
O esfriamento do processo de entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é criticado por economistas que tiveram funções-chave no 1º mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Alexandre Schwartsman foi diretor de Assuntos Internacionais do BC (Banco Central) de 2003 a 2006, com a presidência de Henrique Meirelles. Marcos Lisboa foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda de 2003 a 2005, quando Antonio Palocci era ministro.
Lisboa disse que entrar para a OCDE poderia favorecer a inserção internacional do Brasil. “Esse processo [de entrada na OCDE] já está muito demorado. Deveria ser acelerado. Sem fazer isso, o Brasil reduz a chance de adotar boas práticas”, disse.
Ele citou o sistema tributário brasileiro como entrave a ganhos de produtividade. Disse que haverá ganhos com a reforma tributária em tramitação no Congresso. Mas criticou as mudanças propostas no Senado.
Integrar a OCDE, afirmou Lisboa, favoreceria a implantação de sistemas que vigoram em países desenvolvidos. Também incrementaria o comércio com esses países.
“O Brasil tem feito acordos comerciais com países muito parecidos consigo mesmo, distanciando-se das cadeias globais de produção”, afirmou. Entrar para a OCDE aumentaria a integração com os principais mercados.
Schwartsman afirmou que integrantes do atual governo têm resistência à entrada na OCDE. “É ideológico. Veem a OCDE como expressão de uma conspiração neoliberal. Não é nada muito sofisticado”, disse.
Ele afirmou que o país e o governo deveriam buscar bons padrões de governança independentemente de integrar a organização. “A entrada na OCDE seria mais uma consequência do que uma causa da adoção de boas práticas”, afirmou.
Contradição
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) disse que a entrada do Brasil na OCDE é uma etapa necessária para intensificar relações econômicas com outros países.
“O presidente Lula tem feito um esforço, que se reconhece, para reintegrar o Brasil nos fóruns internacionais. Não estar fazendo um esforço claro para se integrar a OCDE é contraditório com isso e algo que precisa ser corrigido imediatamente”, afirmou Jardim, que presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo.

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