Esta é a primeira visita de bin Salman aos EUA desde o assassinato de Khashoggi, opositor do regime saudita e colunista do jornal "The Washington Post". O caso abalou as relações diplomáticas entre os dois países.
Um relatório da CIA, a agência de inteligência dos EUA, apontou bin Salman como o mandante do crime. O arquivo foi divulgado em 2021.
Trump respondeu a uma pergunta sobre o caso feita por uma repórter da rede de TV ABC ao príncipe saudita. O norte-americano interrompeu a jornalista e não deixou que bin Salman respondesse à pergunta.
"Você não deveria constranger nosso convidado com uma pergunta dessas", afirmou Trump à repórter, que depois foi proibida de fazer novas perguntas. "A licença da ABC deveria ser cassada."
Donald Trump recebe o príncipe herdeiro e primeiro-ministro saudita, Mohammed bin Salman, na Casa Branca — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
Esta é a primeira vez que bin Salman irá aos EUA desde o assassinato do jornalista de Washington Post Jamal Khashoggi, opositor do regime saudita e correspondente do "Washington Post", caso que estremeceu as relações diplomáticas entre os dois países. Um relatório da CIA apontou o príncipe como o mandante do crime, ocorrido em 2018 dentro de uma embaixada da Arábia Saudita. (Leia mais abaixo)
Na coletiva que concedeu ao Salão Oval junto ao príncipe, o presidente norte-americano também anunciou que a Arábia Saudita irá investir US$ 600 bilhões no país.
Trump também anunciou um acordo com o governo saudita para vender jatos de combate F-35, os mais modernos do mundo.
O anúncio da venda dos jatos, que pode mudar a configuração atual de forças no Oriente Médio, gerou temores dentro do próprio governo Trump de que o reforço do poderio militar da Arábia Saudita poderia desestabilizar Israel, o grande aliado dos EUA no Oriente Médio.
Arábia Saudita e Israel ensaiavam uma aproximação, mediada pelos EUA, antes da guerra na Faixa de Gaza estourar, mas as conversas foram interrompidas por conta do conflito. O governo saudita afirma que só voltará a considerar a normalização das relações com Israel após a criação de um Estado Palestino, que Trump se opõe.
Mesmo assim, o líder americano deve tentar nesta terça-feira novos avanços pela normalização das relações entre os dois países.
Após o encontro bilateral, a primeira-dama dos EUA, Melania Trump, oferecerá um jantar em homenagem ao príncipe saudita.
Isolado do Ocidente após o assassinato de Khashoggi, o príncipe herdeiro também vem tentando se posicionar como influência global e o líder saudita que quer diversificar a economia do país, reduzindo a dependência do petróleo e investindo em setores como mineração, tecnologia e turismo.

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Salman acusado de mandar assassinar jornalista
Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul — Foto: Mohammed al-Shaikh/AFP
O jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime saudita e correspondente do jornal americano "Washington Post", foi morto esquartejado em 2018 dentro do consulado da Arábia Saudita em Ancara, na Turquia. Ele havia ido buscar uma certidão para poder se casar com sua noiva turca.
Embora câmeras tenham registrado a entrada do jornalista, ele nunca saiu do consulado. Depois, investigações descobriram que Khashoggi, um crítico ferrenho do governo saudita, foi esquartejado e estrangulado até a morte lá dentro.
A CIA, a agência de inteligência americana, concluiu que o príncipe saudita Mohammed bin Salman foi o mandante do crime, mas nem ele nem nenhum dos seus assessores foram responsabilizados.
Depois de negar qualquer envolvimento no crime, Riad admitiu que agentes sauditas, que teriam agido sozinhos, eram responsáveis pela morte do jornalista. No final de um opaco processo na Arábia Saudita, cinco pessoas foram condenadas à morte e três, a penas de prisão.

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1 mês atrás
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