A escolha de Salam enfatizou uma grande mudança no equilíbrio de poder entre as facções sectárias do Líbano desde que o grupo xiita Hezbollah, apoiado pelo Irã, foi atingido em uma guerra com Israel no ano passado e seu aliado sírio Bashar al-Assad foi derrubado.
A Presidência do Líbano disse que Salam, atualmente fora do país (ele deve retornar na terça-feira, dia 14), garantiu o apoio de 84 dos 128 parlamentares, e Aoun o convocou para designá-lo para formação do governo.
Salam obteve o apoio de facções cristãs e drusas, além de importantes parlamentares muçulmanos sunitas, inclusive aliados do Hezbollah.
Mas os parlamentares do Hezbollah e de seu aliado xiita, o Movimento Amal, que detêm todas as cadeiras reservadas aos xiitas no parlamento, não nomearam ninguém, indicando que neste momento não pretendem participar do governo de Salam.
O grupo extremista havia manifestado preferência para que Najib Mikati permanecesse no cargo.
O parlamentar sênior do Hezbollah Mohammed Raad disse que os oponentes do Hezbollah estão trabalhando pela fragmentação e exclusão do grupo. Ele afirmou que o grupo havia "estendido a mão" ao eleger Joseph Aoun como presidente na semana passada e agora a "mão foi cortada".
A eleição na semana passada do comandante do Exército, general Aoun, que conta com o apoio de Estados Unidos e Arábia Saudita, foi outro sinal de mudanças no cenário político, no qual o Hezbollah há muito tempo detinha uma influência decisiva.
Cristão maronita, Aoun realizou consultas sobre a escolha do primeiro-ministro com os 128 parlamentares nesta segunda-feira (13). Ele é obrigado a escolher o candidato com o maior número de votos.
O primeiro-ministro deve ser obrigatoriamente um muçulmano sunita, de acordo com o sistema sectário de compartilhamento de poder do Líbano, que distribui os cargos estatais com base em afiliação religiosa. A Presidência vai para um cristão maronita e o presidente do parlamento deve ser sempre um muçulmano xiita.
Os parlamentares do Hezbollah compareceram à reunião com Aoun mais tarde do que o programado, atrasando sua chegada ao perceberem o ímpeto de Salam, disse uma fonte do Hezbollah.
O Hezbollah acreditava que se havia chegado a um entendimento político sobre a eleição de Mikati antes de o grupo concordar em eleger Aoun, segundo a fonte.

Com a queda de Assad, eixo composto por Síria, Irã, Hezbollah e Hamas perde força
Os aliados sunitas e cristãos do Hezbollah estão entre os que nomearam Salam. Faisal Karami, um parlamentar sunita alinhado ao grupo, disse que indicou Salam, citando exigências de "mudança e renovação" e o apoio árabe e internacional ao Líbano.
A eleição de Aoun e a designação de um novo premiê são passos para reavivar as instituições do governo libanês, que estão paralisadas há mais de dois anos, sem que o país tenha um chefe de Estado ou um gabinete com plenos poderes.

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