Prefeito de Araraquara e uma das principais lideranças do PT no estado de São Paulo, Edinho Silva faz um reconhecimento ao desempenho do então governador João Doria (ex-PSDB) durante a pandemia, em livro de memórias que está lançando.
"Tenho que aqui registrar, por honestidade política e histórica, que sem a ruptura de Doria com [Jair Bolsonaro], certamente no pior momento da pandemia, não teríamos condições de aglutinação de um campo político em São Paulo [...] que se unificou na defesa da vida e tinha por objetivo comum derrotar o negacionismo, que já demonstrava sua vocação fascista", escreve ele na obra "Uma Cidade na Luta pela Vida" (ed. Alere), que será lançado em 13 de novembro em São Paulo e em 21 de novembro em Brasília.
Durante a pandemia, o prefeito estabeleceu restrições rígidas de circulação na cidade, o que acabou atraindo a ira de bolsonaristas. Ao mesmo tempo, Doria também enfrentou a atitude negacionista do então presidente na crise.
O ex-governador sempre foi um adversário do PT e entrou na política como um forte antagonista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora tenha feito gestos de reconciliação ultimamente.
Ex-ministro da Comunicação Social no governo Dilma Rousseff, Edinho justifica no livro o elogio a Doria dizendo que "quando o inimigo é potente, letal e, no caso, eram dois inimigos, o vírus e o fascismo, a vitória só é possível se olharmos o que nos unifica, e não o que nos separa".
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