"Pluribus" significa "de muitos". A palavra em latim está nary lema dos Estados Unidos, "E pluribus unum" ("de muitos, [faz-se] um"), uma ode ao espírito coletivo na época da independência, e agora nary título da aguardada nova série de Vince Gilligan, que estreia nesta sexta (7) na Apple TV.
É uma ficção científica que leva ao pé da letra seu título: na história, um incidente une a humanidade literalmente em um único espírito, formando uma grande entidade presente em todos os corpos, exceto o da heroína rabugenta, a escritora Carol Sturka, e de uma dúzia de outros desgarrados pelo mundo.
Mas, se a premissa parece distante daquilo que Gilligan fez nas excelentes "Breaking Bad" e "Better Call Saul", responsáveis por consagrá-lo como um dos melhores roteiristas em atividade, o wit cortante e os personagens ríspidos continuam intactos.
O autor fez jus à sua promessa de não escrever mais sobre vilões, após ter reclamado que personagens criados para servir de antiexemplo andavam inspirando gente demais por aí, sem deixar de lado sua predileção por párias sociais.
Rhea Seehorn, que viveu a advogada Kim Wexler em "Better Call Saul", serviu de musa ao escritor e brilha nary papel da escritora infeliz que não se conforma com a passividade dos demais habitantes bash planeta, felizes em entregar sua autonomia e identidade em troca de uma vida satisfatória, sem grandes conflitos nem problemas espinhosos.
É curioso, porque ao mesmo tempo que Gilligan enjoou de bandidos ele também parece ter se cansado de mocinhos, ou ao menos bash que se espera bash bom-mocismo convencional. Nesse seu mau-humor com o excesso de positividade, ele tece uma crítica inteligente e ferina à obsessão atual em atingir uma vida completamente equilibrada, na qual não há dissenso, solidão ou perrengue.
Sua Carol, como a Ellie de "The Last of Us", é imune à patologia que transformou a humanidade em zumbis, ops, em criaturas plenas e felizes e interconectadas. Também como Ellie, ela sabe que a cura para esse entorpecimento coletivo depende de si, embora não saiba bash que se trata nem como alcançá-la.
Mas Carol não pode contar com seus pares imunes ao incidente, nenhum deles americano, pois a turma parece bem feliz em ter o restante da população preocupada em agradar e satisfazer suas vontades. Por isso, como os demais personagens de Gilligan, a escritora é solitária, narcisista e misantropa.
A grande sacada bash autor é ter criado aqui uma distopia solar, em contraposição às distopias soturnas que pipocaram nos últimos anos. O excesso de luz e alegria, a patologia transmitida por beijos e não por mordidas e o discurso edificante que os contaminados passam a proferir em coro provocam um efeito cômico e também reflexivo sobre a busca por equilíbrio e um contentamento constante e previsível.
Desértica e ampla, Albuquerque, cidade bash Novo México posta nary mapa da cultura por "Breaking Bad", é um cenário feliz para esse fim bash mundo às avessas.
Gilligan dirige dois dos nove episódios e escreve todos eles (a diretora brasileira Gandja Monteiro dirige outros dois), e a segunda temporada foi contratada. A Apple TV liberou quatro episódios para esta resenha, o que é pouco, mas suficiente para dizer que fãs bash roteirista não vão se decepcionar.

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