Empresa tem a tarefa de apresentar o nosso pão de alho aos americanos. Lá, o produto está associado ao "Texas toast" ou ao "garlic bread" — em ambos os casos, torradas grossas cobertas com manteiga de alho e salsa —, bem diferente da textura leve e do recheio cremoso que fazem sucesso nos churrascos brasileiros.
Gosto do consumidor americano pode ser obstáculo para os planos da empresa. Cristina Souza, CEO e cofundadora da Tanjerin, que se define como uma agência de estratégia e inovação para o setor alimentício, observa que essa diferença em relação ao pão de alho americano pode ser usada em benefício da Zinho.
Esse caráter único do pão de alho brasileiro pode, sim, ser explorado como um diferencial, mas exigirá educação do consumidor americano sobre o produto e um forte trabalho de marketing para solidificar essa identidade. O mercado de churrascos e grelhados nos EUA já é relevante, o que pode ser uma ponte natural para entrar lá, mas o sucesso dependerá de uma comunicação certeira sobre como utilizar e consumir o pão de alho.
Cristina Souza, CEO e cofundadora da Tanjerin
Tarifaço é visto como um obstáculo pontual. O pão de alho não faz parte das cerca de 700 exceções à taxação de 50% imposta desde agosto pelos EUA aos produtos brasileiros. Mas Pantuzi diz que o impacto é limitado, graças a estratégias tributárias implementadas anos atrás, e que acredita em um rápido acordo entre os países para desonerar as exportações. Em último caso, acrescenta ela, a empresa teria condições de redirecionar suas vendas para outros mercados na América do Norte e Europa.
Além disso, há barreiras regulatórias, logística complexa, competição consolidada e hábitos de consumo distintos que tornam o mercado norte-americano desafiador. Por conta disso, Souza avalia que ganhar experiência em mercados latino-americanos ou europeus, com barreiras menores e maior familiaridade cultural, poderia ser uma estratégia mais segura antes de mirar na mesa do norte-americano.
Mercado interno e marcas próprias seguem no radar
Apesar do foco nos EUA, Poliana Pantuzi reforça que o Brasil ainda é o principal motor de crescimento. "Hoje, a categoria de pão de alho vende, em média, meia bandeja per capita por ano, então ainda há muito espaço a ser explorado", afirmou a diretora da Zinho.

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1 mês atrás
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