Há dois caminhos principais e ambos podem entregar a redução de 20% mensais, variando conforme perfil tarifário, composição tarifária da distribuidora e modelo de contratação. Um deles é o PPA (Power Purchase Agreement), um contrato que a empresa compra créditos de energia de uma usina solar instalada na mesma área de concessão da distribuidora.
O desconto é contratado na origem (10% a 20% sobre o valor do crédito, por exemplo). "Na prática, a conta da distribuidora é abatida pelos créditos e a empresa paga a fatura do PPA. O saldo líquido costuma resultar em 10% a 20% de economia mensal, com zero Capex (dinheiro que uma empresa gasta para adquirir, manter ou melhorar ativos de longo prazo) e economia desde o primeiro mês", diz Anderson da Silva Jucá, professor do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O outro caminho é o sistema próprio de geração com instalação de painéis na própria unidade consumidora, em telhados ou áreas disponíveis. A redução pode ultrapassar 50%, dependendo do perfil de consumo e das regras tarifárias aplicadas. "Quando há disponibilidade de área conveniente no telhado ou em solo, a geração compensa o consumo de energia (kWh). Nesse caso, quanto maior foi a taxa de simultaneidade do consumo em relação às horas de maior geração solar, melhor será o resultado financeiro", afirma o professor.
Para consumidores de baixa tensão (Grupo B) que pagam pela tarifa monômia, calculada apenas pelo consumo em kWh, sem cobrança por demanda de potência e sem variação de preço por horário, a economia na conta de luz pode superar 50%.
Segundo Jucá, a lei 14.300/2022 estabelece que, nesse modelo, o consumidor paga 45% da TUSD fio B (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição) sobre a energia que injeta na rede e depois consome. Essa tarifa remunera a concessionária pelo uso da infraestrutura local, como cabos, postes e transformadores, que levam a energia até o consumidor final.
Esse percentual da TUSD fio B vai crescer 15% ao ano até 2027. Já para consumidores de alta tensão (Grupo A), que pagam pela tarifa verde ou azul, composta por demanda de potência e consumo de energia, a lógica é diferente. Nesses casos, a TE (tarifa de energia) e a TUSD variam: são mais baratas fora do horário de ponta (21 horas por dia) e muito mais caras no horário de ponta (geralmente entre 18h e 21h). Como parte dos custos vem da demanda contratada e de encargos que não podem ser compensados, a redução da conta costuma ficar entre 15% e 50%.

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1 mês atrás
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