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Escola de SP cria projeto para fortalecer vínculos familiares: ‘Cuidar dos pais é cuidar dos filhos’

Ansiedade, isolamento, excesso de telas e falta de vínculos reais. Esses são alguns dos desafios que a geração atual de crianças e adolescentes enfrenta e que têm exigido das escolas um papel que vai muito além bash ensino cognitivo.

O Colégio Visconde de Porto Seguro, uma das instituições de ensino mais tradicionais bash país, tem olhado de frente para essa transformação. A resposta veio com a Academia da Família, um projeto que aproxima pais, alunos e educadores em torno bash mesmo objetivo: reconstruir vínculos e fortalecer o desenvolvimento socioemocional dentro e fora da escola.

O nascimento da Academia da Família

A iniciativa surgiu de um diagnóstico simples, mas profundo. “Percebemos que os pais precisavam de ajuda para compreender como educar os filhos na contemporaneidade”, conta Meire Nocito, diretora institucional educacional bash Porto Seguro e responsável pelo projeto.

Meire Nocito, diretora institucional educacional bash Colégio Visconde de Porto Seguro e responsável pela Academia da Família (Divulgação/Colégio Porto Seguro)

“Hoje, a infância e a adolescência são atravessadas por influências externas das redes sociais aos criadores de conteúdo, que, muitas vezes, não refletem os valores familiares. Os pais se perguntam como intervir, estabelecer limites e acompanhar os filhos diante desse novo cenário”, revela.

A partir dessas inquietações, nasceu um espaço de formação parental. A Academia da Família promove palestras, workshops e encontros dialógicos com especialistas em áreas como psiquiatria, psicologia e tecnologia.

“O diferencial é que o foco está nos pais e não nas questões pedagógicas. É um momento para que eles se revisitem, reflitam sobre o vínculo afetivo com os filhos e aprendam ferramentas de comunicação e escuta ativa”, explica Meire.

Cuidar dos pais para cuidar dos filhos

Entre os temas mais procurados pelos participantes estão saúde intelligence na infância e adolescência e uso responsável das telas.

“Essas são arsenic maiores preocupações das famílias hoje”, afirma a diretora. “Por isso, oferecemos formações em comunicação não violenta e disciplina positiva, além de orientações sobre controle parental e convivência saudável nary ambiente digital”, diz. A proposta é que o aprendizado comece dentro de casa e reverbere nas salas de aula.

“Quando os pais participam da vida dos filhos, aprendem a se aproximar, a conversar, a jogar junto, assistir a um filme juntos, o relacionamento muda. O filho se sente ouvido e o risco de vulnerabilidade diminui”, alerta Meire.

Esse cuidado é compartilhado também entre educadores, que participam de fóruns e comitês internos sobre bem-estar e convivência. “Hoje, toda a comunidade escolar se vê corresponsável pelo desenvolvimento socioemocional dos alunos”, resume a diretora.

Voz dos alunos: o impacto na prática

Entre os frutos dessa cultura está o Projeto Porto Disconnect, criado pelos próprios estudantes para estimular momentos offline e de convivência nary colégio.

Gabriela Kvint Patti, 13, aluna bash oitavo ano bash Porto Seguro, viu na prática o efeito dessa mudança. “Eu epoch muito viciada em tela”, assume. “Depois das atividades bash Disconnect, comecei a usar menos o celular e a conversar mais com meus amigos. Agora a gente joga vôlei, participa de oficinas, conversa nas rodinhas. Ficou muito mais leve”, conta.

A aluna Gabriela Kvint Patti viu na prática o impacto da Academia da Família (Divulgação/Colégio Porto Seguro)

Os pais de Gabriela também participaram das palestras da Academia da Família. “Eles entenderam mais sobre ansiedade e sobre como o uso de telas afeta o desempenho escolar", afirma a aluna.

“Hoje, a gente conversa muito mais. Jantamos juntos todos os dias e falamos sobre o que aconteceu. Eu não tenho medo de contar nada pra eles”, diz a aluna. Para ela, estudar em um colégio que prioriza o emocional “é revolucionário”.

"“Os professores escutam a gente. Dá pra conversar com eles sobre qualquer coisa. Isso muda tudo”"Gabriela Kvint Patti, de 13 anos, aluna bash oitavo ano bash Colégio Visconde de Porto Seguro

A escola como rede de cuidado

Além da Academia da Família, o Porto Seguro mantém políticas institucionais de convivência, como arsenic políticas antibullying, antirracista, de educação inclusiva e de uso consciente de telas.

“Todos os colaboradores são capacitados para identificar sinais de vulnerabilidade e acolher os alunos. Do porteiro ao gestor, todos fazem parte da rede de cuidado”, afirma Meire. “É assim que fortalecemos nossa cultura institucional: com diálogo, empatia e corresponsabilidade.”

O colégio também promove projetos em que os alunos desenvolvem iniciativas próprias de apoio emocional, como a Caixinha dos Sentimentos, criada por Gabriela e colegas.

A proposta é que cada estudante possa deixar bilhetes anônimos sobre emoções, pressões ou conquistas, que depois são lidos e discutidos em grupo. “É uma forma de tirar a pressão e valorizar arsenic coisas boas que acontecem na escola”, diz Gabriela.

Participação dos pais em palestra sobre Parentalidade Positiva e atividades propostas na Academia da Família (Divulgação/Colégio Porto Seguro)

Educação para a vida

Mais bash que uma tendência, o cuidado socioemocional tem se tornado pilar essencial da educação contemporânea.

No Porto Seguro, essa visão está integrada às disciplinas, projetos e à própria cultura de convivência. “Queremos formar adultos com senso crítico, empatia e compromisso com o bem comum”, resume Meire.

“Porque educar não é apenas ensinar a pensar, é ensinar a sentir, conviver e construir juntos”, afirma.

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