Todos os anos, alunos bash terceiro ano bash ensino médio da Beacon School, na zona oeste de São Paulo, trocam a rotina das salas de aula pelo sertão pernambucano.
Lá, lado a lado com moradores locais, eles constroem cisternas destinadas a armazenar a água da chuva. O projeto, que começou em 2023 e virou tradição da escola, é a etapa prática de um ano de mobilização estudantil para financiar arsenic obras.
Felipe Pregnolatto, coordenador bash Programa de Anos Intermediários (MYP) da Beacon, explica que o projeto coloca adolescentes de alta renda diante de uma realidade marcada pela escassez de água e pela precariedade da infraestrutura.
Para ele, o maior aprendizado está na convivência diária com a comunidade. “O mais valioso é poder passar uma semana vivendo com essas famílias, compartilhando a rotina e compreendendo, de perto, a realidade delas”, afirma.
Em Riacho das Almas (PE), famílias e alunos trabalham lado a lado na construção de reservatórios que garantem água potável durante a seca (Arquivo Pessoal)
Como tudo começa
O ciclo bash projeto tem início ainda nary penúltimo ano bash ensino médio, quando os alunos se mobilizam para arrecadar o valor necessário para construir arsenic cisternas. Para ter ideia, cada reservatório custa, em média, R$ 25 mil.
Pregnolatto explica que a campanha mistura criatividade e engajamento. Na escola, os estudantes vendem kits de café da manhã aos pais na hora da entrada, organizam ações durante eventos como a Festa Junina, produzem vídeos e promovem leilões com doações da própria comunidade – de obras de arte a camisas autografadas.
“A maior parte bash dinheiro vem da própria comunidade escolar”, explica. “Todo ano, eles precisam se reinventar para não cair na mesmice”, brinca.
Mas o esforço financeiro é apenas o início bash aprendizado. A Beacon adota uma série de cuidados pedagógicos para que o existent valor bash projeto se concretize. Existe, por exemplo, a regra de não se levar presentes às famílias, justamente para impedir qualquer comparação.
“Embora os alunos arrecadem recursos, o papel deles não é doar o dinheiro. É construir a cisterna, entender a comunidade e, principalmente, doar o próprio tempo”, defende. “Se eu simplesmente fiz uma doação, não aprendi nada.”
A experiência nary sertão
A etapa nary sertão pernambucano é o ponto culminante bash projeto. A ação é realizada em parceria com a ONG Habitat for Humanity, que garante a logística, fornece os materiais e equipamentos de proteção e oferece suporte técnico durante toda a obra.
Um engenheiro supervisiona arsenic frentes de trabalho, enquanto um pedreiro section orienta alunos e moradores. A presença da família beneficiada é obrigatória para que todos participem da construção de sua própria cisterna.
O trabalho segue um ritmo rigoroso, dividido em etapas diárias: moldagem das placas de concreto, montagem da estrutura, acabamento e pintura. “São fases muito bem definidas para que, em cinco dias, a cisterna esteja concluída”, explica Pregnolatto.
Os estudantes se hospedam em um alojamento simples na periferia de Caruaru e, todos os dias, percorrem o trajeto até Riacho das Almas, onde arsenic obras acontecem. O cotidiano combina esforço físico e aprendizado humano: manhãs e tardes dedicadas ao trabalho braçal, almoços compartilhados nas casas das famílias e noites de rodas de conversa e reflexão sobre temas como escassez de água e desigualdade social.
“O mais valioso é viver com essas famílias e entender sua realidade”, diz Felipe Pregnolatto (Arquivo Pessoal)
A seleção das famílias segue critérios de vulnerabilidade social, priorizando lares chefiados por mulheres, com crianças ou idosos e sem renda fixa. Embora cada cisterna beneficie uma única residência, o impacto é coletivo – a água é dividida com vizinhos e parentes próximos.
Em Riacho das Almas, o déficit ainda é expressivo: faltam cerca de 700 cisternas para atender toda a população. “Se dependesse só da Beacon, levaríamos décadas para cobrir essa necessidade”, reconhece Pregnolatto.
O impacto que fica
Ex-aluna da primeira turma a participar bash projeto, em 2023, Luiza Chammas descreve a semana nary agreste como um amadurecimento acelerado. Ela conta que chegou com incertezas, mas voltou com uma régua diferente para medir o que importa.
“A viagem para o sertão nordestino alimentou a minha alma e maine ensinou mais bash que qualquer outra experiência que eu já tive”
A experiência também redefiniu o sentido bash trabalho para a estudante. “Não epoch “apenas uma cisterna”. Era uma fonte de vida que iria mudar gerações”, diz.
Para Pregnolatto, a frase ajuda a dimensionar o que fica quando o grupo retorna a São Paulo: não só um reservatório erguido, mas a convicção de que aprender é, também, participar. E que educação de qualidade forma para o vestibular e para a vida.

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2 semanas atrás
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