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Especialista afirma que busca por status pode expor atletas ao risco

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No mês de junho, duas fatalidades durante a prática esportiva comoveram os brasileiros. A primeira ocorreu no dia 7, durante a Maratona Internacional de Porto Alegre, quando João Gabriel Hofstatter De Lamare estava prestes a completar o seu último quilômetro dos 20 já percorridos quando sofreu um mal súbito e veio a óbito. O jovem completava 20 anos no mesmo dia.

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No mês de junho, duas fatalidades durante a prática esportiva comoveram os brasileiros. A primeira ocorreu no dia 7, durante a Maratona Internacional de Porto Alegre, quando João Gabriel Hofstatter De Lamare estava prestes a completar o seu último quilômetro dos 20 já percorridos quando sofreu um mal súbito e veio a óbito. O jovem completava 20 anos no mesmo dia.

A segunda morte ocorreu no último dia 20. Desta vez, em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, Juliana Marins, 24 anos, escorregou e caiu cerca de 300 metros da trilha. As buscas foram interrompidas diversas vezes por conta das condições climáticas adversas. Após quatro dias de buscas, Juliana foi encontrada, infelizmente, sem vida e seu corpo chegou nesta terça-feira (1º) ao Brasil.

Diante destas fatalidades, a pergunta que fica é: o que leva os esportistas a se desafiarem além dos limites pessoais?

Para o membro da International Society Of Sport Psycology, Benno Becker, a explicação passa pelo aspecto psicológico. "O sujeito entra no esporte para ter um destaque. Eles querem mostrar para os conhecidos que eles têm o seu valor frente a uma sociedade que valoriza pouco as pessoas. E isso faz com que o sujeito se esponha", acredita.

O técnico de escalada Ramiro Ruschel ao tratar do caso da Juliana, explica que em meio à natureza as pessoas estão expostas ao perigo. "Não tem como ele estar livre de qualquer tipo de risco no ambiente natural. É muito importante estar ciente dos riscos que tu estás se expondo", esclarece. Ele ainda afirma que o compromisso de explicar as adversidades contidas na prática esportiva é do instrutor.

Em relação aos problemas, segundo Becker, chega em um certo ponto, em que os atletas não enxergam o risco na sua frente e é isso que os levam à superação do limite. "Isso tem um impulso único, e esse impulso vai crescendo cada vez mais. O motor do esporte é isso", explica.

Ruschel traz para o debate a questão sentimental na realização do esporte. Segundo o treinador, o medo é algo normal em atletas de atividades mais radicais. "Tem gente que está extremamente exposta e não sente medo e tem gente que está completamente segura, mas se sente em vias da morte. Cada indivíduo tem uma percepção de risco. E não necessariamente essa percepção se traduz na realidade".

Para evitar percalços, Ruschel afirma que o acompanhamento psicológico é fundamental e precisa ser mais recorrente nas atividades de alto rendimento. "Isso é extremamente importante e não é, necessariamente, o foco em diversas escolas de formação. Porém, na gestão de risco, este treinamento mental tem apresentado evoluções", conclui o instrutor.

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