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EUA e Irã iniciam negociações medindo forças sobre o programa nuclear

O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, esclareceu, contudo, que o diálogo seria indireto e mediado em Omã. O fato é que os dois países começam a conversar, medindo forças.

"Acho que todos concordam que fazer um acordo seria preferível a fazer o óbvio. E o óbvio não é algo com que eu queira me envolver, ou francamente, com que Israel queira se envolver, se puder evitar", disparou Trump.

Pelo X, o ministro das Relações Exteriores reagiu, seguindo a linha de ação da república teocrática de não iniciar negociações diretas enquanto estiver sob pressão:

"É tanto uma oportunidade quanto um teste. A bola está na quadra dos EUA."

Um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica apresentado em fevereiro passado constatou que o país aumentou sua produção de urânio enriquecido a 60% em 92,5 quilos em relação a novembro de 2024.

“O aumento significativo da produção e acumulação de urânio altamente enriquecido pelo Irã, o único Estado sem armas nucleares a produzir tal material nuclear, é uma preocupação séria”, afirma o relatório.
"Não podemos deixá-los ter uma arma nuclear. Algo vai acontecer muito em breve. Eu preferiria um acordo de paz à outra opção, mas a outra opção resolverá o problema", disse ele.
"Não evitamos conversas; é a quebra de promessas que nos causou problemas até agora. Eles (os americanos) devem provar que podem construir confiança", alegou o presidente Masoud Pezeshkian, em uma reunião de Gabinete.

Confiança é uma palavra que passa ao largo dos dois interlocutores. A frágil situação econômica, com inflação alta e queda do rial, e o enfraquecimento de seus aliados no Oriente Médio parecem empurrar o Irã para as negociações com os EUA.

"O Irã estará em grande perigo se as ameaças não forem bem-sucedidas” advertiu o presidente americano nesta segunda-feira no Salão Oval.

A opção militar não garante o desmantelamento das instalações iranianas e, apesar das ameaças, a possibilidade de o regime abrir mão de seu programa nuclear se mostra muito distante da realidade almejada por Trump e Netanyahu.

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