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EUA encerram isenção do Iraque para compra de eletricidade iraniana, em meio a 'estratégia de pressão máxima'

Ao deixar a isenção expirar, os EUA garantem que "não permitiremos ao Irã nenhum grau de alívio econômico ou financeiro", disse o porta-voz. Ele explicou que essa campanha tem o objetivo de "acabar com sua ameaça nuclear, restringir seu programa de mísseis balísticos e impedi-lo de apoiar grupos terroristas".

Quando voltou ao cargo em janeiro, Trump retomou essa política de "pressão máxima" contra o Irã. Em seu primeiro mandato, ele já havia retirado os EUA do acordo nuclear internacional, que buscava impedir Teerã de desenvolver armas nucleares.

Os EUA afirmam que querem isolar o Irã da economia global e cortar sua principal fonte de renda – as exportações de petróleo – para frear seu suposto desenvolvimento de armas nucleares. O Irã, no entanto, nega essas acusações e diz que seu programa tem fins pacíficos.

Washington impôs várias sanções ao Irã devido ao seu programa nuclear e ao apoio a grupos militantes, impedindo outros países de fazer negócios com Teerã sem correr o risco de sofrer penalidades dos EUA.

"O presidente Trump deixou claro que o regime iraniano deve cessar suas ambições por uma arma nuclear ou enfrentar a Pressão Máxima", afirmou James Hewitt, porta-voz da Segurança Nacional. "Esperamos que o regime coloque os interesses de seu povo e da região à frente de suas políticas desestabilizadoras."

Quando reimpôs sanções às exportações de energia do Irã em 2018, Trump concedeu isenções temporárias para alguns países, como o Iraque, permitindo que continuassem comprando eletricidade iraniana. Isso visava garantir o abastecimento de energia para os consumidores.

Tanto o governo Trump quanto o de Joe Biden renovaram a isenção do Iraque diversas vezes, enquanto incentivavam Bagdá a reduzir sua dependência da eletricidade iraniana. No sábado, o porta-voz do Departamento de Estado reforçou esse pedido:

"Instamos o governo iraquiano a eliminar sua dependência de fontes de energia iranianas o mais rápido possível", disse ele. "O Irã é um fornecedor de energia não confiável."

Além disso, os EUA usaram a revisão da isenção como forma de pressionar Bagdá a permitir a exportação de petróleo do Curdistão iraquiano via Turquia. Segundo fontes da Reuters, isso ajudaria a aumentar a oferta no mercado global, manter os preços sob controle e dar mais espaço para os EUA sufocarem as exportações de petróleo iraniano.

No entanto, as negociações entre o governo iraquiano e a região curda semiautônoma sobre a retomada das exportações de petróleo seguem complicadas.

"A transição energética do Iraque oferece oportunidades para empresas dos EUA, que são líderes mundiais em aumentar a produtividade de usinas, melhorar redes elétricas e desenvolver interconexões elétricas com parceiros confiáveis", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado.

Ele também minimizou o impacto das importações de eletricidade do Irã na rede iraquiana: "Em 2023, as importações de eletricidade do Irã representaram apenas 4% do consumo de eletricidade no Iraque."

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