Quando se observa o mercado de trabalho, descontando as ocorrências típicas de determinados períodos, que não se repetem nos demais, verifica-se que a alta do desemprego no período janeiro a março é explicada justamente por efeitos sazonais. No começo do ano, por exemplo, costumam ocorrer demissões de parte do pessoal absorvido pelo mercado em fins de ano, para fazer frente ao aumento da atividade do comércio com o Natal. Retirado os efeitos sazonais, o ambiente no mercado de trabalho se mantém aquecido.
A tendência, apontada por todas as projeções, mesmo com a atividade econômica sinalizando diminuição de ritmo, a partir do segundo trimestre, é de novas reduções na taxa de desemprego, ao longo do ano. O economista Bruno Imaizumi, especialista da LCA 4intelligence em mercado de trabalho, projeta taxa de desemprego, no encerramento de 2025, de 6%, com média do ano, pouco acima desse número.
O que mais chamou a atenção, na divulgação da Pnad Contínua do primeiro trimestre, foi a elevação do rendimento real habitual. A explicação para mais um novo aumento nas médias salariais pode ser encontrada nas alterações que estão ocorrendo na composição do mercado de trabalho.
Nas últimas cinco divulgações da Pnad Continua, as ocupações formais vêm avançando em relação às informais. Entre janeiro e março, por exemplo, o nível de empregos informais caiu a 38% da população ocupada, percentual mais baixo da série histórica, excetuado o período da pandemia.
Segundo o economista Imaizumi, essa mudança na composição da população ocupada se deve, de início, à atividade relativamente aquecida dos últimos anos, mas também a outros fatores, alguns estruturais.
"Além dos reajustes do salário mínimo acima da inflação e da ampliação do conceito de emprego formal, introduzida na reforma trabalhista do governo Temer, os processos de desburocratização e digitalização na economia, que facilitam a formalização, têm contribuído para a expansão dos empregos com carteira assinada e de empreendimentos cadastrados de pessoas jurídicas do Imposto de Renda". Bruno Imaizumi, economista da LCA 4intelligence.

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6 meses atrás
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